01 - a obra é um livro de Freud relido pelo psiquiatra e escritor Celso Gutfreind;

 

02 – o livro é entremeado de poesia: Drummond, Manoel de Barros, Carpinejar, Chacal, Gullar, Paulo Hecker Filho, Quintana e Emily Dickinson;

 

03 – Celso diz que em tempos correntes tratar criança é também tratar seus pais ou a parentalidade;

 

04 – há no livro que o contato com crianças é um contato direto com a criança que escondemos em nós;

 

05 – com o livro de Freud a psicanálise nascia libertária. O autor que relê o livro e que é também psicanalista pergunta: A psicanálise ainda é libertária?;

 

06 – a ânsia por saber e a curiosidade sexual são inseparáveis. Frustrar o aprendizado sexual tem relação direta com a dificuldade de aprendizagem;

 

07 – o texto de Celso Gutfreind é bem coloquial. No decorrer da leitura ele abre parênteses para conversar com o leitor;

 

08 – Gildo Katz fala que a psicanálise não substitui a vida;

 

09 – para Roy Schafer, fazer análise tem sido pensado mais como fazer História do que desvendar segredos;

 

10 – para Celso, não há análise sem brincadeira;

 

11 – Freud era um cientista-escritor. Tanto que o único prêmio que ganhou foi literário: o Prêmio Goethe de Literatura, pela qualidade estilística de sua obra;

 

12 – Para Celso, Drummond foi um escritor-terapeuta assim como também Dostoiévski, que dizia que precisamos ser absorvidos dos crimes que só imaginamos;

 

13 – do livro de Celso: tratar também é nomear. Diz que "o boi da cara preta é menos assustador, porque já tem uma cara. Um nome";

 

14 – toda análise também é triste. Diz Celso;

 

15 – a psicanalista Monique Bydlowski criou a idéia da dívida da vida com os pais;

 

16 – Muito interessante o que diz Celso no livro: "É que na vida talvez baste isso: mãe olhando, brincando e pai nomeando em torno da graça das palavras. E, na falta de mãe, pai, palavras, que venham os substitutos: música, literatura, esporte, encontros, adoções. E, em último caso, a psicanálise";

 

17 – para Freud não há arbitrário na vida mental;

 

18 – segundo Freud a noção de sexualidade "é ampla e inclui as mais remotas atividades humanas, como ser limpo, ser cuidado, ser amamentado";

 

19 – o livro fala da transmissão transgeracional, uma das raízes do novo campo da psicanálise no que diz respeito aos bebês;

 

20 – hoje a constipação psicológica é vista como rigidez na educação esfincteriana ou dificuldades nas relações interpessoais;

 

21 – Freud apresentou a homossexualidade masculina como uma fixação de prazer no pênis;

 

22 – o Ser Humano é ambíguo. Feito de pares contrários. Diz Freud;

 

23 – na correria dos tempos atuais a medicação, sobretudo os ansiolíticos, age com rapidez. Porém, como diz Celso, muitas vezes abafa e não permite nomear;

 

24 – para Freud toda neurose é um compromisso;

 

25 – por achar que nossa memória é feita para gravar histórias, Celso Gutfreind atualiza a história do pequeno Hans com outra no final do livro.     

  

 

 

 

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O livro: Celso Gutfreind. As duas análises de uma fobia em um menino de cinco anos — o pequeno Hans.

Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, 167 págs.

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junho, 2009