REALISMO SOCIALISTA:
o nome do estilo, elaborado por Andrej Zdanov (homem de confiança de
Josef Stalin), surgiu no Primeiro Congresso dos Escritores Soviéticos,
em 1934. Seguiu a ideologia comunista, durante a ditadura stalinista,
na antiga União Soviética. Foi a estética oficial do regime, no qual
todos os artistas foram obrigados a fazer parte do Sindicato dos
Artistas Soviéticos, a partir de 1934. O REALISMO SOCIALISTA tinha três
princípios básicos: 1) lealdade ao Partido Comunista Soviético; 2)
ideologia estética em consonância e lealdade ao partido político e 3)
estilo didático-ideológico das obras de artes com acessibilidade para
as massas. O REALISMO SOCIALISTA produziu obras monumentais, heroicas,
de modo naturalista, idealizado, apresentando o dinamismo do trabalho,
glória do sistema e vitória da tecnologia soviética. "A representação
artística tem de ser harmonizada com o objetivo da mudança e educação
ideológica dos trabalhadores", assim está escrito no Estatuto do
Sindicato dos Escritores Soviéticos, de 1934, e vale também para todas
as artes. Foi onipresente e onisciente, com ênfase até a morte de
Stalin (1953), mas perdurou até o esfacelamento e colapso da União
Soviética, no final da década de 1980, início da década de 1990.
Artista e obra: Vera Múkhina (abaixo).
REALISMO SOCIALISTA: imagem da escultura "Trabalhador Industrial e Jovem
de Uma Fazenda Coletiva", de autoria da russa Vera Múkhina, 1937.
SECESSÃO VIENENSE (SECESSÃO AUSTRÍACA):
foi um grupo de artistas austríacos, que romperam definitivamente com
as academias locais conservadoras (daí o termo secessão). Tanto na
Alemanha quanto na Áustria, eram chamados de secessões, cujos objetivos
eram exibir suas obras sem as chancelas, autorizações e restrições
oficialmente impostas pela tradição do ACADEMICISMO. A SECESSÃO
VIENENSE (SECESSÃO AUSTRÍACA) foi criada em 25 de maio de 1897, Viena,
Áustria, por Gustav Klimt (seu primeiro presidente e principal artista,
até o rompimento com o grupo, em 1905) e vários artistas e arquitetos
(total de 19). Além de pintores, havia arquitetos, designers e
decoradores. O grupo publicou a revista Ver Sacrum (Sagrada Primavera),
mas não promoveu um estilo específico, e manteve ligações estreitas com
a ART NOVEAU e o SIMBOLISMO. Na primeira fase do grupo (até a saída de
Gustav Klimt) predominava o estilo ART NOVEAU. Depois isso (até mais ou
menos 1939), sob a influência de Koloman Moser, as abordagens das
composições são mais geométricas (tanto na arquitetura, pintura e
design). A precipitação da Segunda Guerra Mundial acabou levando à
dissolução do grupo. Artista e obra: Gustavo Klimt (abaixo).
SECESSÃO VIENENSE (SECESSÃO AUSTRÍACA): imagem da pintura
"Friso de Beethoven", do austríaco Kustav Klimt, 1902.
SIMBOLISMO:
sua origem está no poeta e crítico francês Jean Moréas, num artigo
escrito em 1886 para o jornal Le Figaro intitulado Simbolismo, ao
observar o teor simbólico religioso e místico de uma gama
representativa de poetas. Nas artes plásticas, o termo remonta à
literatura e a todo estilo de pintura imaginativa, espiritualista e
intuitiva de ver o mundo: o mundo interior, da alma e emoções, é mais
importante que o mundo exterior. O SIMBOLISMO está em oposição à
OBJETIVIDADE, POSITIVISMO E O NATURALISMO (ditados pela razão). Bem
antes do aparecimento do termo (em 1886), a partir de 1881, na França,
vários escritores, pintores, dramaturgos e poetas, influenciados pelo
misticismo, principalmente advindos do intercâmbio das artes,
pensamento e religiões orientais, procuram refletir emocionalmente o
mundo, daí o seu caráter subjetivista. Tem uma aproximação com o
ROMANTISMO. A ênfase na imaginação e na fantasia, valendo-se da
intuição para interpretar o mundo, também dá o caráter transcendental
ao SIMBOLISMO. Tivemos vários grupos simbolistas (NABIS E SINTETISMO,
por exemplo) e o MANIFESTO SIMBOLISTA, escrito por Jean Moréas, em
1886, que substituiu de vez o termo DECADENTISMO (relativo à decadência
dos valores estéticos), rotulado em 1881. Artista e obra: Paul Gauguin (abaixo).
SIMBOLISMO: imagem da pintura "A Visão Depois do Sermão", do francês Paul Gauguin, 1888.
junho, 2016