by Melanie Havens | photo art: Claudia Rey
 
 
 
 
 
 
 

O jornalista, compositor e poeta Fernando Naporano lançou, em abril, em Portugal, o livro A Coerência Das Águas, pela editora Poética Edições. Nessa entrevista exclusiva à Germina, Naporano fala de seus primeiros impulsos poéticos, do boicote por parte dos editores brasileiros e do atual mercado de livros, entre outras curiosidades reveladoras. [Silvana Guimarães]

 

 

 

 

 

Silvana Guimarães - Como a poesia surgiu em sua vida?

 

Fernando Naporano - Já respondi isso em outra ocasião; de qualquer forma repito. Foi na infância, por volta de meus sete anos. Senti-me atraído pela minha primeira professora. Passei a lhe escrever bilhetinhos que, na verdade, eram quase-versinhos. Inconformado porque ela não me "aceitava em namoro", descobri onde vivia e, ocasionalmente, colocava cartinhas debaixo da porta dela. Curioso que esse mesmo processo tornou-se uma espécie de marca registrada em meu modus operandi. Agi da mesma forma em toda a minha adolescência quando cultivava paixões, muitas impossíveis, por mulheres mais velhas e, quase todas, coincidência ou não, eram artistas. Curiosamente, ainda, o nome de minha finada banda — "Maria Angélica Não Mora Mais Aqui" — também vem desse tipo de pegada. Maria Angélica foi alguém que não me quis. Em resposta, transformei-a em obra de arte.

 

 

SG - Você gosta de ler? Quais foram suas primeiras referências literárias?

 

FN - Na infância, acima de tudo, coleções completas de contos de fadas. Havia uma série de volumes, se calhar, da editora Melhoramentos que eram os Melhores Contos De Fadas da China, Hungria, Índia, França, Bélgica, Espanha, etc. Dessa série, por exemplo, tive e ainda tenho a coleção completa. Um bocadito mais tarde, já lia clássicos de Stevenson, Melville, Lewis Carroll, Cervantes, Flaubert, Alexandre Dumas e outros, ainda que adaptados em formato juvenil.

 

Com poesia minhas primeiras leituras, à altura de meus 13 anos, foram Álvares De Azevedo, Fernando Pessoa, Byron, Keats, Fagundes Varela, Heine, Shelley, etc.  Ao adquirir o livro Anotações Para Um Apocalipse, do Claudio Willer, lá havia um poema do, já então meu amigo Roberto Piva, onde eram citados "Apóstolos da Desordem" tais como Freud, Desnos, Michaux, Artaud, Rimbaud, Blake, etc. Então, anotei os nomes e indo a bibliotecas passei a ler um por por um.

 

 

SG - Você então já tinha contatos com outros autores?

 

FN - Sem dúvida, sim. Notoriamente com artistas como Belchior, Jorge Mautner, Novos Baianos, Tom Zé, Sérgio Sampaio e outros. Basicamente — e isso desde meus 11 anos — ia em tudo o que era show. Finalizado o espetáculo, pedia autográfos no camarim. Como conhecia, digamos "bastante" para uma criança, os "famosos" achavam aquilo inusitado, estimulante e até me "adotavam" em termos de cordialidade e amizade. Numa dessas, quando tinha uns 15 anos, frequentava, por exemplo, a casa do Mautner (quase diariamente, na saída da escola) e Tom Zé. Ia me apresentado e mostrando meus textos a poetas conhecidos como Roberto Piva, Hilda Hilst, Roberto Bicelli, Claudio Willer, Claufe Rodrigues e outros. Também foi nessa época que decidi que iria ser jornalista. Tinha completa convicção de que poderia fazer um grande trabalho na área musical, uma vez que desde a infância devorava jornais como Melody Maker, New Musical Express, Rolling Stone e revistas como Circus e Creem.

 

Assim sendo minha primeira "notável" entrevista, aos 15 anos foi com o Tom Zé para o jornalzinho da escola, que eu produzia sozinho. A segunda foi invadir os camarins do Ginásio do Ibirapuera e ir parar por dois dias no recém-inaugurado Hotel Eldorado (em São Paulo), onde se hospedavam badalados artistas e bandas argentinas como Charly Garcia Y La Maquina De Hacer Pájaros, León Giego e Crucis. Entrevistei todos.

 

Pouco tempo depois, num tom pós-adolescente, ingressei na Folha Ilustrada e, por 25 anos ininterruptos, exerci a função de jornalista e correspondente internacional para veículos nacionais e internacionais, tendo assim o privilégio de entrevistar centenas de celebridades do mundo da música, literatura e cinema.

 

 

SG - Com tantos entrevistas, há artistas que você gostaria de ter entrevistado e não houve oportunidade?

 

FN - Sem dúvida, entrevistei muitas estrelas pelas quais não tinha, particularmente, nenhum interesse pessoal. Por outro lado, mesmo sem querer, integrantes de bandas, atrizes e afins até acabaram, em determinadas circunstâncias, tornando-se contatos ou amizades pessoais.

 

Mas se há alguém que amaria ter conhecido ou entrevistado — diga-se de passagem, entre os vivos, um de meus únicos ídolos — seria o Morrissey. Há algo até curioso no meu único encontro cara a cara com ele. Eu havia entrevistado naquela tarde — já pela segunda ocasião — a Patti Smith. Sabia que a entrevista seria um porre porque ela — como uma capricorniana mala da gema — é uma chata de galocha. Repete três vezes a mesma coisa para certificar-se de que o entrevistador a entendeu e fala mais que a própria língua.

 

Cumprindo ossos do ofício, fui assistir a uma leitura seguida por autográfo de um desses livros dela. Na fila, apenas um pouquinho mais à minha frente, estava o Morrissey. Ok, chegou a vez dele e a populista exaltada não parava de falar, mesmo que ele demonstrasse timidez e desconforto. Depois de uns seis minutos (e isso é demais para uma sessão de autógrafos) ela o "libertou". Chegou minha vez e ela pôs-se a falar. Eu, com muita pressa para tentar abordar e dar um rápido alô ao Morrissey, estava me desesperando. Livro assinado, saí feito uma bala atrás dele. Consegui encontrá-lo. Apresentei-me e pedi que autografasse o próprio livro da Patti Smith, o que fez em dois segundos e prosseguiu sua rota. Era o único espaço de papel em branco que tinha em mãos. Foi esse o encontro e isso é tudo. Entre as centenas de autógrafos que tenho — em discos, livros, DVDs e afins —, esse é o mais significativo.

 

 

SG - Você guarda seus escritos jornalísticos? Já pensou em transformá-los em livros?

 

FN - Guardei alguma coisa, creio ter uns 65% de minha produção, o que já daria facilmente para uns três livros. Entretanto — não se esqueça que sou supra-pisciano —, custa-me imenso ter alguma espécie de disciplina e organizar o quer que seja. Se isso já não fosse já suficientemente difícil, lidar com editores é pior que dar vassourada na mãe. Começaria o processo — como dizem eles — da "gestação do livro". Claro, nessa "gestação" teria de aguentar cortes, modificações e exigências de caráter comercial.

 

Digamos que eu optasse por selecionar uma entrevista com o Harmony Korine ou Jack Bruce e só restasse espaço para mais uma inserção. Imaginemos, então, um provável cenário: tendo também uma entrevista com Julia Roberts, o editor iria me explicar o "caráter chamativo e comercial" de encaixar La Roberts em detrimento do Jack Bruce. Enfim, não teria paciência para tal "gestação", a não ser que encontrasse um editor simpático que me desse liberdade total para selecionar o que bem entendesse.

 

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SG - Por que — uma vez que você escreve desde muito jovem — as suas primeiras publicações de poesia foram tão tardias?

 

FN - É algo cômico se não fosse trágico. Quando meus livros estavam sempre prontos ou no prelo, surgia alguma desgraça ou algum desentendimento. Tudo começa nos idos de 83, quando morava em Lisboa. Sairia, então, em Portugal, um livro meu (que seria, então, prefaciado pelo escritor e musicólogo Jorge Lima Barreto) pela editora &etc. Pois bem, quando o tal estava flertando a trajetória da composição, a editora foi vandalizada, assaltada ou algo assim, entrando em inatividade por uns bons tempos. Numa dessas, tal livro, o Abandono Devolvido caiu no vazio.

 

De volta ao Brasil, escrevi muitos outros livros. Fui barrado em diversas ocasiões por gratuitas antipatias à minha pessoa (sim, é muito alto o preço de ser outsider e íntegro), falência de editoras, planos econômicos (cruzado, cruzeiro, Collor, etc.) e até mesmo o incêndio de uma editora com um livro meu pronto, lá dentro do armazém.

 

Também, por outro lado, sempre estive muito ocupado com minha banda "Maria Angélica Não Mora Mais Aqui", com a qual gravei três discos, além de produzir dezenas de composições que ainda permanecem inéditas.

 

Além disso, havia excesso de atividades jornalísticas. Por mais de uma década, vivendo em Londres ou em Los Angeles, fui correspondente internacional de vários jornais e revistas. Trabalhei também em gravadoras e em produções e apresentações de programas radiofônicos.

 

Sofro ainda hoje a mesma indiferença dos tais "detentores" do poder midiático-literário. Sejam de editores, blogueiros, jornalistas ou dos hipsters de plantão. Sei que me observam, mas fingem que não sabem quem sou. São os mesmos "estilos" de boicote e discriminação que — durante toda a década de 80 — vi de perto o poeta Roberto Piva sofrer. 

 

 

SG - E como surgiu esse livro editado agora em Portugal?

 

FN - Extamente assim: sendo franco admirador da poesia da Gisela Ramos Rosa, me apresentei a ela e indaguei se poderia me sugerir possíveis editoras em Portugal ou algum endereço de email para que eu pudesse enviar algum de meus livros para apreciação. Gentilmente, ela me cedeu três nomes. Recebi uma só resposta, da Poética Edições. Fiquei muito feliz depois ao constatar que a editora era a Virgínia do Carmo, uma estupenda poetisa que eu já havia lido. Para a minha alegria, ela falou que editaria o livro. O proceso de edição foi rápido e perfeito. A talentosa Vírginia é uma pessoa maravilhosa. Rapidamente, inseri umas lindas fotos da exímia fotógrafa portuguesa Ana Sofia Pacheco e pronto! Foi um feito, pois não tenho grupo de amizades ou faço parte das tantas panelas que deambulam por aí afora.

 

 

SG - Como é a poesia atual e o mercado editorial português?

 

FN - Nos últimos tempos, vivi um ano e tal em Lisboa, cujo mercado editorial — ainda que nunca em uma escala tão aguda — até se assemelha ao brasileiro. Há confrarias, muita arrogância, máfias e panelinhas de todas as espécies.

 

A questão mais abominável, em algumas editoras, reside — isso nos dois países — no fato de os autores custearem a edição. De sobremesa, os autores se dispõem a exaustivas propagandas em redes sociais e ainda são obrigados a vender os próprios livros ou cotas pré-determinadas deles. Isso não ocorre na Poética Edições, uma editora, por assim dizer, sem burocracias ou chatices. É espetacular em todos os sentidos.

 

Hoje, no Brasil, está na moda eufemismos como "participação integral do autor" e os tais (pseudo)escribas concordam com isso. Mesmo que eu fosse um milionário, jamais pagaria para ser editado. Minha aventura e minha obrigação é criar. A arte da criação, por si só, já é um proceso fulminante e fulminado. O mundo dos negócios não me pertence e dele não quero fazer parte!

 

Mas voltando ao assunto editorial, cabe dizer que certas editoras portuguesas — assim como no Brasil, ainda que não de forma tão descarada — adotam a mesma ladainha de vitimização de que as livrarias são espantalhos malévolos. Lamentam que as roubam e estocam só mainstream. Tais editoras — essas hipsters de coque-e-barba — renegam, por completo, a necessidade e o quesito de ter uma distribuição.

 

Uma delas virou uma espécie de segunda casa dos brasileiros. Qualquer um, se calhar, sem o mínimo dote literário, paga e publica. Deve ser ou me parece ser isso, pois não vejo critério algum de qualidade. O autor, nesse caso, ingressa assim num grande supermercado ao lado de dezenas de outros incompetentes. E se sente feliz por ter editado "nas zoropa". Tal editora conseguiu fazer uma antologia de dois ou três volumes, com mais de 600 páginas cada, reunindo 1500 poetas e poemas "representativos" da poesia brasileira. É uma das mais risíveis piadas da história da literatura mundial. Merecia ir para o Guinness Records! Será que os que ousam publicar num lance desse têm alguma gota de orgulho próprio ou são tão absurdos que acreditam haver 1500 poetas de alguma valia literária?

 

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SG - Por que você acha que a qualidade da poesia brasileira atual é ruim?

 

FN - É muito ruim! Abaixo de cão, para ser literal. Por quê? Porque todos são poetas. Como diria meu falecido amigo pessoal Raul Seixas é "muita estrela para pouca constelação". A formação poético-cultural dessa geração vigente é muito pobre, óbvia e derivativa. Vêm todos com um pé no arrastão de três ou quatro ícones da beat generation — por acaso, com a qual nunca me identifiquei — somados a cinco ou seis autores póstumos brasileiros, excessivamente sobrestimados. Adotam clichês de todos os tipos, lamúrias de fim de noite e tons rudimentares de feminismo. De quebra, idolatram um misógino e porco-machista como Bukowski. Para quem domina perfeitamente a língua inglesa é fato constatar que ele possui uma escrita capenga. Claro, idolatram também o tótem Vinicius de Moraes, o autor do primeiro hino absurdamente pervertido, proto-pedófilo e machista que é aquele horror da "Garota De Ipanema". Me causa impressão ver mulheres (até as ditas feministas) cantarolarem as curvas da garota ou darem risadinhas com as perversões e manobras sexuais guturais de Bukowski.

 

 

SG - Suas influências então são bem outras, então?

 

FN - Obviamente, sim. Sou um admirador dos grandes clássicos; de mestres atemporais, que não necessitam de se aproveitar de populismos do cotidiano ou de factoides injustiças da realidade para escrever poesia. Por isso, tradições poéticas como a beat, em nada me agradam. A literatura beat tem um lado, por assim dizer, sanguessuga das desgraças da realidade e do sempre cretino sistema político. A partir daí, num tom delirante ou formulaico, estabelecem relatos e protestos, aos quais chamam de poesia.

 

Sou, sobretudo um amante do Sagrado. Amo a poesia sem tempo. A poesia que flutua no eterno. A poesia sem preconceitos ou precedentes. A poesia livre sem concretinismos, filosofias rasteiras de boteco ou aparvalhadas gracinhas sexuais. Sou apaixonado por William Blake, Kavafis, Trakl, Dylan Thomas, William Wordsworth, W.B. Yeats, Rilke, Novalis, Leopardi, Emily Dickinson, René Char, Eugénio De Andrade, Sylvia Plath, Nuno Júdice, Paul Celan, Fernando Pessoa, Adonis e por todos aqueles e aquelas cuja iluminação é exaustiva e permanente. Não me ameacem, por gentileza, com poesia datada ou dos que precisaram se engajar em algum vento de populismo chato para manifestar um possível garrancho poético.

 

 

SG - Sua poesia — abstrata, pós-simbolista e de fisionomias surrealistas — também é muito ligada a investigações metafísicas, reinos oníricos, imagismos fulminantes e astrologia.

 

FN - Sem dúvida. Todos os aspectos mencionados fazem parte de minha poesia. Busco apenas ser eterno. Jamais preciso do cotidiano para fazer poesia. Meu desprezo é absoluto por qualquer tipo de poesia engajada na realidade. Eu quero mais é que o real se foda completamente.

 

Trabalho as fantasias, os questionamentos existenciais, as vertentes do nada, as paixões lilases, as circunscrições do vazio, os poços da alma, o extremismo das emoções, a imagética do sonho e por aí vai.

 

A astrologia que, por assim dizer, é minha religião, também se faz presente em investigações de nuances e complementos na deambulação dos sentimentos. Sou quase um fundamentalista em termos de astrologia e adoro brincar que sou um anti-Libra por excelência! Sou, particularmente, vidrado em escorpianas e cancerianas. De preferência, com uma lua intensa, visceral e profunda em escorpião ou em sagitário. Ah, pode-se dizer isso em entrevista? Ou os politicamente corretos dos quintos-dos-infernos vão achar que estou a manifestar assédio cósmico?

 

 

SG - Suponho que você tenha outros livros ainda inéditos, não?

 

FN - É um inferno produzir demais. Escrever poesia para mim é como acender meus Malboros. Eu não sou daqueles que "trabalham" o poema. Ou ele vem de jato ou não vem. Minha escrita é, obviamente, automática. Jamais fico burilando isso e aquilo. Meus poemas já nascem devidamente finalizados.

 

Custa-me imenso colocar livros em pé e digitar. Escrevo sempre e tão somente à mão e sempre ao ar livre. Na natureza, nos parques, nas praias, nas praças ou até mesmo em cafés. Detesto completamente organizar meus escritos, ainda que consiga fazer a coisa direitinho.

 

Tenho material para cerca de mais de 10 livros, incluindo ensaios, contos e projetos de romances. Em termos de poesia — que é o que mais me interessa — tenho cinco livros totalmente prontos. Me frustra demais não achar canais para publicá-los imediatamente.

 

Sim, por acaso, há editores que me elogiam, falam isso e aquilo, mas nenhum me convida efetivamente a publicar. Acima de tudo — e que fique aqui registrado em letras garrafais — não quero me tornar um caso póstumo, de maneira alguma. Prometo sair do céu, do purgatório ou do inferno, assombrar e destruir vidas se for preciso, caso alguns dos que me ignoram hoje venham a ter interesse em minha produção quando já não mais aqui estiver. Quero ser editado — em totalidade e para já! — enquanto vivo porque, sobretudo, amo, amo, amo viver!

 

 

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junho, 2017

 

 

Fernando Naporano, Cursou Letras em São Paulo e Lisboa, mas sempre atuou como jornalista desde a adolescência. Em Portugal, escreveu para revistas e fanzines musicais. Ao regressar ao Brasil, em 1983, ingressou na Folha Ilustrada. Fez parte da primeira equipe do Caderno 2, onde exerceu críticas na área da música e cinema. Escreveu para revistas e jornais como Trip, Bizz, Around, El Pais, Isto É, A-Z, Interview e muitas outras. Em 1984, criou a banda "Maria Angélica Não Mora Mais Aqui", com a qual gravou três Lps. Em 1989, mudou-se para Londres. Entre 1989 e 1992, atuou como International Label Manager da gravadora Continental. Vivendo em Londres, além de escrever para publicações musicais americanas e inglesas como Amplifier, Popsided e Bucketfull Of Brains, tornou-se correspondente assíduo (por nove anos) do Correio Brasiliense, atuando nas áreas de cinema e, principalmente, de música. Entrevistou centenas de celebridades do mundo artístico, entre as quais figuram Marianne Faithfull, David Bowie, Richie Havens, Julia Roberts, Robert Altman e Spike Lee. Em Londres, produziu programas radiofônicos. Entre eles, alguns para o Brasil, como o Zig Zag (Brasil 2000FM) e Magic Buzz (Rádio Ipanema, Porto Alegre). Regressou ao Brasil em 2005. Entre seus principais livros inéditos de poesia estão Abandono Devolvido, Estrelas De Gin, Apresentação Da Febre, Como Uma Lâmpada Na Pele e Nas Colinas de Valdemossa Com O Fantasma De George Sand. Tem um antirromance — também inédito — chamado Não Era Uma Loira Era Uma Garrafa de Cidra. Publicou o livro de poesia A Coerência Das Águas (Braga/Portugal: Poética Edições, 2017).

 

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Silvana Guimarães (Belo Horizonte/MG). Escritora, participou de algumas coletâneas, entre elas, duas que organizou: 29 de abril: o verso da violência (Patuá, 2015), Dedo de Moça — Uma Antologia das Escritoras Suicidas (Terracota, 2009) e Hiperconexões — Realidade Expandida Vol. 2 (Org. Luiz Bras, Patuá, 2014). Editora da Germina — Revista de Literatura & Arte e do site Escritoras Suicidas. Vive em Belo Horizonte.

 

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