Há um frisson em Germina.
Não apenas porque os dias são de dezembro e a equipe, de malas prontas,
já se despede, cada uma com um destino: o inverno no outro hemisfério; o
verão ameno das montanhas e o ardente do litoral, neste lado de cá do
Equador.
Vibra-se porque uma
revista de poesia completa cinco anos de existência. Poesia e debate
crítico. A crítica, essa "Indesejada das gentes" (com licença de
Bandeira), que, tal qual àquela a que se referia o poeta, pode
despertar reações diversas: "Quando a Indesejada das gentes chegar /
(Não sei se dura ou caroável), / Talvez eu tenha medo. / Talvez sorria,
ou diga: — Alô, iniludível!". Embora com uma lembrança tão recente de
nosso começo, somos capazes de avaliar a extensão da façanha. Caramba!
São cinco anos de resistência! E Sibila germina.
Vibra-se por poder contar
com amigos tão bons, colaboradores tão generosos quanto capazes e
talentosos, leitores fiéis e incentivadores.
Vibra-se por chegar ao fim
de um ciclo de tempo e, ao olhar para trás, para o que resultou de todo
o empenho, gostar do que se vê.
Vida longa a
todos!
Em março de 2006,
recomeçamos.
[Esta última edição do ano
é especialmente dedicada ao amigo — ele sabe quem.]
dezembro, 2005