De
pau em riste
O anão Cidão
Vivia triste.
Além do chato de ser
anão
Nunca podia
Meter o ganso na tia
Nem na rodela do
negrão.
É que havia um problema:
O porongo era longo
Feito um
bastão.
E quando ativado
Virava... a terceira perna do anão.
Um
dia... sentou-se o anão triste
Numa pedra preta e fria.
Fez então
uma reza
Que assim dizia:
Se me livrasses, Senhor,
Dessa
estrovenga
Prometo grana em penca
Pras vossas igrejas.
Foi
atendido.
No mesmo instante
Evaporou-se-lhe
O mastruço
gigante.
nenhum tico de pau
Nem bimba nem berimbau
Pra contá o
ocorrido.
E agora
Além do chato de ser anão
Sem mastruço nem
fole
Foi-se-lhe todo o tesão.
Um douto bradou: Ó céus!
Por que
no pedido que fizeste
Não especificaste pras Alturas
Que lhe
deixasse um resto?
Porque pra Deus
O anão respondeu
Qualquer
dica
É compreensão segura.
Ah é, negão? Então procura.
E
até hoje
Sentado na pedra preta
O anão procura as partes
pudendas...
Olhando a manhã fria.
Moral da história:
Ao
pedir, especifique tamanho
Grossura quantia.
Pairava
sobre as casas
Defecava ratas
Andava pelas vias
Espalhando
baratas
Assim era Drida
A maga perversa e fria.
Rabiscava a
cada dia o seu diário.
Eis que na primeira página se
lia:
Enforquei com a minha trança
O velho Jeremias.
E enforcado
e de mastruço duro
Fiz com que a velha Inácia
Sentasse o cuzaço
ralo
No dele dito cujo.
Sabem por quê?
Comeram-me a
coruja.
Incendiei o buraco da Neguinha.
Uma criola estúpida
Que
limpava remelas
De porcas criancinhas.
Perguntaram-me por
que
Incendiei-lhe a rodela?
Pois um buraco fundo
De régia
função
Mas que só tem valia
Se usado na contramão
Era por
neguinha ignorado.
maldita ortodoxia!
Comi o cachorro do
rei
Era um tipinho gay
Que ladrava fino
Mas enrabava o pato do
vizinho.
Depenei o pato.
Sabem por quê?
Cagou no meu
cercado.
E agora vou encher de traques
O caminho dos magos.
Com
minha espada de palha e bosta seca
Me voy a Santiago.
Moral da
história:
Se encontrares uma maga (antes
Que ela o faça),
enraba-a.
Araras
versáteis. Prato de anêmonas.
O efebo passou entre as meninas
trêfegas.
O rombudo bastão luzia na mornura das
calças
[e do dia.
Ela abriu as coxas de esmalte, louça e
[umedecida laca
E vergastou a cona com minúsculo açoite.
O moço
ajoelhou-se esfuçando-lhe os meios
E uma língua de agulha, de fogo,
de molusco
Empapou-se de mel nos refolhos robustos.
Ela gritava um
êxtase de gosmas e de lírios
Quando no instante alguém
Numa
manobra ágil de jovem marinheiro
Arrancou do efebo as luzidias
calças
Suspendeu-lhe o traseiro e aaaaaiiiii...
E gozaram os três
entre os pios dos pássaros
Das araras versáteis e das meninas
trêfegas.