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Numa ondulação intervalada de rastejantes substâncias magnetizas a espádua ilimitada das combinações que auscultam o exuberante deslizamento dos semáforos instantâneos onde os pilares escalavrados do sol parecem pássaros de vantagens perfeitas As assinaturas dos abrigos inesperados são longamente embaladas pelo esboço incandescente dos golfos caçadores como as lavras despercebidas a susterem as sentenças primaveris dos labirintos sobre a circunspecção cosmopolita dos respiradouros aqui as escrituras caprichosas das maratonas solares são capturadas pelas toalhas aceleradas das fêmeas que partilham o monumento do ilusionismo com a lua fenícia das eternas fronteiras As linhas iluminadas das alavancas esmeram a navegação cerâmica da mítica cordoagem como os tambores hesitantes dos corações aborígenes a legitimarem os tronos sibilantes das serpentes nas reentrâncias fatídicas das tapeçarias quase terrestres aqui os calendários anunciadores dos esconderijos verificam a claridade dos gémeos hospedadores enredados furtivamente entre os acolhimentos vasculares e as latitudes fulgentes dos felizes estorvos A orquídea cósmica reúne minuciosamente os imponentes amparos da livre plumagem para inclinar os lábios purificados da cidade-desembarcadouro na preciosidade da momentânea tempestade e a demarcação esplendente das rosáceas enfeitiça a fertilização dos golpes equilibrados nos profundos inventários das mós atlânticas onde as cortinas inenarráveis dos úteros se contraem sonoramente Assim as origens das premeditações aperfeiçoam as metamorfoses das guelras nos minúsculos enxovais incrustados no morro-navio do alabastro assim a altercação cilíndrica do chã fecha as bordas concisas destinadas ao destacável anarquismo da pélvis universal
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As faces palpitantes navegam no cordame do ventre desembarcado nas dedicatórias das vindimas é nesta calmaria quase perpétua que os cubos crepusculares estiolam as superstições minúsculas dos frutos inalteráveis é nesta espinha firmemente divina que o testemunho da sementeira se distancia da implacável profusão dos abrasamentos para abraçar mudamente os juramentos da fantasia universal para purificar a divisibilidade das antenas aflautadas dos desfiladeiros encharcados de pássaros vagarosos é neste ensaio de subtilezas que a procriação denomina o espalhamento das grutas como uma torrente rápida de florescências extasiadas de límpidas catedrais onde perpetuamente as configurações invasoras das veias transfiguram os ângulos da celebridade aquática albergada na aceitação fugaz dos tecidos absolutamente solares é nesta combustão de cisternas distraídas que as cabeceiras tumefactas dos polvos desordenam as forquilhas do absorvimento solar para reencontrarem o prolongado açaime doutros astros protegidos admiravelmente pelas mandíbulas dos caçadores sagrados como se a humanidade derramasse os reflexos das letras surdas como a massagem da emigração da linfa a descerrar a erecção da platina do dialecto inadiável As fundações descuidadas têm uma estabilidade escarlate como o retorno dos candelabros na exaltação das gargantas dos guindastes aqui os pássaros inspiram as circulações dos pilares extenuados e as geografias nocturnas são lavradas aereamente pelas metamorfoses das corolas sonhadoras A pastagem é possessiva ao abismar-se nas sibilarias secretas imitando as ofegantes labaredas nas estações de ouro-orvalho onde as equivalências dos passageiros encobertam fixamente o tomilho extenuante da astronomia As espirais refreadas das avenidas abalançam-se nos chocalheiros elétricos dos abarracamentos para derramarem os forros dos latejos extravagantes nas entradas subaquáticas predestinadas ao paraíso dos cios cosmopolitas
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Pássaro de transições fluviais timidamente a pique na curiosidade bêbeda dos triângulos Pássaro vermelho das éclogas procurando os estalidos dos fórceps da claridade sobre os cingidouros extravagantes dos noticiários que empavoam as patrulhas do relâmpago nos ascensores vigilantes dos polvos implacáveis As asas esplendorosas protegem as confidências disponíveis nos cais enrouquecidos onde os ângulos centenários dos chocalhos batucam as esquadrilhas sôfregas dos polichinelos pendulares Os alfarrabistas impacientes engomam as esporas bronzeadoras dos desvãos silenciosos aqui os pássaros sublinham os insaciáveis frenesins dos venenos para empoarem os semáforos imperceptíveis das sórdidas armações como as áspides dos algozes a reclamarem o exílio patriarcal das meretrizes dançarinas As barbatanas libertinas dos cofres geológicos planam sobre as escadarias cristalizadas dos astrólogos excepcionalmente arregaçados no parapeito odorífero dos bordéis onde a argamassa experiente dos mastros são os reflexos compulsivos dos pulmões Os pássaros alienígenas mergulham nas incubações das gadanhas rebocadoras para tremularem obstinadamente entre os círculos repercutidos das balanças pélvicas das divas Os solitários voos lançam-se nos vacilantes tronos das savanas onde as preguiçosas combustões encrespam os gracejos furtivos das pálpebras As densidades hirsutas dos voos depuraram-se nos archotes noctívagos das saias lúbricas como a antracite dos espiráculos a proteger as curvaturas ambulantes da pérola epidérmica Os pólens niquelados dos voos crepitam nos histéricos miasmas provavelmente para transformarem os trilhos do fogo num musgo de gargantas nómadas povoadas de rebentos imprevisíveis As planícies incessantes dos voos reactivam as almofadas do desejo no luminescente soluço das víboras Os voos desvelados em consonância com as respirações vertiginosas das prostitutas interferem similarmente no impetuoso silêncio dos flashs pesquisadores das primeiras habitações nocturnas
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Os tigres intercessores das melopeias dos vendavais são escolhidos meticulosamente pelas fragrâncias dos astrólogos conspiradores que embalam o delineamento das águias dotadas de trevos panorâmicos como as sílabas de látegos dinâmicos a embarcarem na celebridade dos signos longamente aparelhados pela canela labiríntica que faz dos trilhos da habitação um pianinho de rosas As ferragens das guitarras afogueiam as cercaduras das visões como uma adivinhação desaguando na paciência dos malmequeres onde um pássaro de água embate numa garatuja de insectos dinamitados Por vezes o pássaro dilata-se para cambalear sobre os crepúsculos indecifráveis porque quer espionar o brilhantismo dos satélites porque na sua caligrafia há conchas de aeroplanos sobrevivendo à desorientação do engenho resplendente do firmamento As fotografias desembainham a dor do alfabeto como um esconderijo de virgulas a pulsar nas laranjas ciumentas dos pulmões aqui as antenas do tempo arqueiam-se nas esponjeiras fragrantes das gelosias e os lenços prateados das nascentes peneiradoras deambulam sob os gorgolejos dos caçadores de estátuas hederígeras onde os gargalos das ventanias desidratam as orlas das constelações onde os instrumentos labirínticos das eflorescências resvalam nos risos aquáticos das cidades Os amantes inventam as acanaladuras das ginjeiras sobre esquecimento isolador das cavernas para consumirem os liames das transparências entre as descobertas estonteantes dos girassóis e os bordões pedunculares alinham-se nas fisgadas dos periscópios para crepitarem decididamente nas travessias lucíferas dos corpos como as cores da minerografia tacteadas magnanimamente pela fugacidade das crinas do embarcadouro O mapa faísca na homenagem das embarcações onde as gotas das tâmaras espalmam as cantarias dos painéis e a película do grito peregrina nas cúpulas açambarcadoras das candeias como os minérios dos corações a trilharem as pálpebras costeiras do inebriante regresso Monumental cristal neutralizado nas milenares poeiras das navegações onde os impulsores das ilhas secretas separam as maças dos alicerces como escumadeiras solares a anestesiarem as inscrições das patas dos cavalos estes porões de letras aclimatadas sufocam habitualmente o mel frenético dos arbustos para assimilarem os cérebros das lendas crepusculares Os manipuladores dos alcáceres primaveris estampam as dobradiças dos países para recitarem as babas teóricas dos dísticos onde as sacudidelas nocturnas curvavam-se solitárias fundindo as correntezas hipnotizadoras dos alcatrazes como um poente geométrico nas redes dos presságios dos arquipélagos que decifram os gráficos cristalinos das fábulas no murmúrio do canastro do relâmpago As cadeiras de água mitificam os canais concentrados na bem-aventurança dos telhados onde o quartzo impenetrável das rosáceas escorre como um vinho de febres aqui as empunhaduras assanhadas da rosa-canina palpitam nas esplanada tribal do sonho e a marinhagem cancela a mutabilidade do fogo oceânico apurando cegamente o sal impetuoso das asas das lengalengas Os portos escolhem o desmoronamento genuíno das modulações para vergarem as dedaleiras eléctricas das rosas com as finas portas dos beijos onde escorrem luzeiros enovelados de ascendências e de viagens guardadoras de sementes giratórias O fogo volátil pertence ao teatro da longevidade porque tem uma laço selvagem que se debruça nos vestíbulos aniquilados nas escaleiras distantes das artérias nos casebres incessantes das praças no médão hereditário dos corais na floresta embrionária ressuscitada entre os alpendres aformoseados do ciclone nas subterrâneas contaminações dedilhadas pelos verões vegetais nos abismados andamentos dos paraísos onde uma categoria de turbilhões procura a eternidade do pântano na ingenuidade da atmosfera onde o fôlego repercute os mausoléus das enxurradas O esforço do fogo volátil ordena a indolência calamitosa das árvores O esforço do fogo volátil desenraíza as irregulares fisionomias das perguntas O esforço do fogo volátil emudece as genuflexões dos mamilos O esforço do fogo volátil embranquece as correspondências das marchas sustentadas pela abundância das víboras hipnóticas A inteligência do fogo permanece nos êmbolos salitrosos das trepadeiras ininterruptas como explosivas alcateias a transfigurarem o absorvimento dos pedais rudimentares da catástrofe
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Canário-do-mar
ao GENIAL guitarrista CARLOS PAREDES
O álcool das fábulas faz latejar a inesgotável glande do navio onde as posses desvairadas das legiões tecem unicamente o regresso agrilhoado das baleias coleccionadas pelas válvulas mitológicas do horizonte aqui as redes pequeníssimas das cerejeiras mecânicas expulsam as insustentáveis sombras-alambiques que ludibriam o fogo inspirador das gôndolas Furtivamente os pássaros inebriados agasalham-se nas parelhas soníferas dos pomares onde todos as equivalências das ondas se estilhaçam como os esquadros sazonados dos pulmões a escorregarem nos projectos assimétricos das crisálidas solares Os dedais dos astros devastam as armadilhas garatujadas nos figos rudimentares das congeminações para exaltarem o segredo das raízes assobiadoras entre as lajes estonteantes do alagamento cinematográfico e as mandíbulas frenéticas respiram o esmo tumefacto da labareda conduzida centralmente pelas fisionomias aquáticas das guitarras Os novelos persistentes das águas estreitam a invernia imaculada dos loucos relógios porque a rebentação da claridade dardeja sossegadamente os favos-bailarinos da memória O músico está solenemente encurvado na indefinível epopeia ondulando numa submersão distinta como um ser etéreo na genealogia inquebrantável dum povo e sobre uma quilha encrespada penteia a sumptuosidade do espaço sonoro com o suor nómada da púrpura melancolia que alinha a muralha reveladora da consciência aos regaços testamenteiros da essência incendiária O nenúfar arrebatador do património é a generalização excêntrica dum labirinto cadenciado é a transferência miraculada das indígenas composições que enxertam as sequências melódicas dos espectros como se a alma fosse um tigre de esferas lucífugas e doces Os ecos jazzísticos do cavaleiro nobre oferecem os pórticos constelados das borboletas entre as crinas preciosas das atmosferas pulmonares aqui os interstícios desatolados das heranças perseguem os sons rutilantes do sangue que sucumbem felicíssimos nas invenções químicas da rebelde mestria é neste berço incomparável de movimentos que as senhas das gaivotas descortinam a insubordinação da música pura As baladas da transmutação engolem igneamente as cordas transversais do poema onde as falésias periféricas do coração missionário balanceiam sobre os bandos acidentais do Tejo As guitarras intermitentes das águas lançam os teares luminescentes no tropel inumerável das pulsações que atravessam as biografias infusas das catedrais que imaginam o esconderijo convulso das açucenas na invocação cirúrgica do relâmpago Os mantimentos rastejantes dos astros sobressaltam-se nas plainas guturais dos alpendres porque as ressonâncias dos peixes fotográficos levam o Infante do Mondego até aos astrolábios guerreiros dos pássaros onde os cântaros das transparências desabrocham as estacas enxugadas dos mensageiros que removem os palatos fendidos dos exílios O lirismo redemoinhante dos fósseis é conquistado inteiramente à instabilidade das gargantas do firmamento onde a reconstituição marítima é um percurso de vórtices devaneadores bordados interminavelmente pelos zodíacos das populações indecomponíveis Estes gestos perpétuos na explosão vertical do silêncio canhoneando os crepúsculos contemporâneos das transitórias artérias como um grito de possibilidades sincopadas a espargir o espólio unívoco das alucinações As maquilhagens leoninas das orquestras são acolchetadas na circuncisão do paladar dos naufrágios genialmente inspiradores das descobertas tempestuosas das estrofes civilizacionais Os sinos vitoriosos dos cafés entrechocam-se cheios de equilíbrios indescritíveis para congeminarem a vulnerabilidade ática da geografia humana sobre os azulejos listrados das alfândegas e as árvores imprevistas do coração são marinheiras polinizadas a embutirem as imolações azuis nas arcadas ignoradas do dilúvio As labaredas clássicas das harpas acrescentam-se aos flecheiros protectores dos rios às hibernações rodopiantes das escarpas aos adubamentos bebedores das teclas solares ao balancé fragmentário das espécies da sede e as antinomias dos ateliers atlânticos perfilam-se regularmente no guardador efémero das metamorfoses circulares abotoadas precisamente pelos odores imprecisos dos temporais cerâmicos Os fogos organizadores do verbo arquitectam a individualidade das lembranças das trepadeiras sobre o alimento sibilante das primaveras setentrionais As flores desabaladas dos inomináveis cometas assemelham-se ao estendal bifurcado das polias anatómicas que conciliam as maratonas lunares das luzes autoritárias onde o corvo tacteador das hemisféricas papaias ornamenta as transposições das pálpebras perseguidas pelos dédalos moleculares dos veneradores de ninfas São os astros apocalípticos nas mãos estivadoras do guitarrista é o termóstato estético das vitrines no relento da sedução das persianas ortográficas como um remador solar no jacto teatral dos mediterrâneos-golfinhos A ulterioridade das circunferências das tecedeiras o prolongamento da caligrafia dos astros e os omoplatas descobridores do guitarrista estiram-se ritmados nas sendas dos chãs emigrantes são as superfícies dos insectos decifradas nos dragoeiros minerais são as velocidades das pranchas nos travos amontoados sobre as invasões dos umbigos áulicos e as tonalidades matinais do vocabulário esculpem-se inocentemente na imutabilidade das ilhargas invasoras porque os penteados armazenados da tempestade desenrolaram a exiguidade murmurante das sandálias na evaporação dos utensílios Os pássaros de revestimentos encruzilhados os crocodilos de úteros rítmicos as borboletas cristalinas do guitarrista mergulham nos écrans indicadores dos vegetais atmosféricos aconchegados distintamente à sagacidade descomunal das pupilas que ministram as circulações dos anzóis filamentosos no cromatismo acústico das intempéries Numa pirueta de porções informáticas as sombras amadurecidas do trigo propagam-se entre os espiráculos espontâneos da claridade onde as projecções dos astros vindimam as reconstruções das cisternas solsticiais e a verticalidade iniciática do guitarrista já é uma ramagem puramente inflamatória da visão universal Um país migratório desadorna os sorvedouros dos búzios-pássaros sobre os perseguidores dos últimos colos de setembro aqui os sigilos dos lobos cumprem as ressonâncias irregulares do chão sacrificado pelas incisões clandestinas do mento solar As narrativas milenares das roldanas patenteiam o andamento altissonante das têmporas onde a concepção dos luzeiros esteia inexplicavelmente as bordaduras subterrâneas da madrugada até às combinações das pirâmides das águas proféticas Cravos vermelhos na concavidade terrestre dos astros partilhados Cravos vermelhos nas projecções do guitarrista oceânico onde a difusão dos candeeiros encosta o cio dos barcos à única saída do xaile arquitectónico de dois longos corpos Os músculos caudalosos da canção são amorosamente flagelados pelos receptáculos dos gondoleiros e os círculos vigilantes do rio entreabrem-se enfraquecidos para perderem as cúpulas heróicas do murmúrio entre os saltadores orbiculares das visitações é o ritual uníssono das cartilagens madrugadoras é a estrutura das dinastias dos possíveis nenúfares a povoar de espirais o grito das cores é a civilização esculpida pela fuselagem esplendorosa dos nómadas são os sulcos aromáticos dos astros vocabulares a convidarem as sílabas de miosótis para o estrangulamento das cachoeiras são os travesseiros bebedores de luzes na ciência da colheita gramatical Há um guitarrista pioneiro nos hemisférios eólicos transbordando de abelheiras improvisadas como a consolidação dos desfiladeiros amplificados pela prodigalidade das lâmpadas como os cisnes obliquamente transformadores dos auditórios-glaciares A magia surda das criptas e os acenos das pérgulas resistiram à aprendizagem submarina das calamidades e à inclinação vertiginosa das raízes para golpearem assiduamente o interior neutralizado das candeias onde o colóquio tentacular do guitarrista se metamorfoseia no adágio altíssimo das travessias A metalurgia desafiadora dos astros os presságios feiticeiros dos mares vertebrados e as conchas intermináveis do guitarrista acrescentam-se ao minucioso combate das bibliotecas órbitais para embalarem as araduras das aves desarrimadas que rodeiam os gritos derradeiros dos veadores obstinadamente aclimatizados à movimentação caligráfica dos leões-marinhos Os solstícios das pedrarias grunhem nos mapas das sementeiras purificadas pelas hierarquias irreparáveis das planuras que embranquecem as extremidades esquecidas dos golfos com os idiomas desabrochados da casas As confluências das fogueiras são auxílios acantonados nas regenerações dos guardadores das vertigens Os ourives nocturnos das marés abobadadas os ímans secretos dos astros e as esporas fulgurantes do guitarrista suturam juntamente as rotações das silhuetas dos visitantes Os desaguadouros recíprocos das águias os solitários parágrafos dos mondadores e os antelóquios musicais das maças aceram a infância heráldica das vinhas As orações sazonais dos embarcadouros enclausuram as lendas ciclónicas dos navegadores para dilatarem os delineamentos hesitantes das constelações Os sinónimos árcticos dos veleiros-parábolas as coincidências dos periscópios das torrentes e os meteoros intemporais do guitarrista soldam demoradamente a curvatura fértil do outono na fidelidade equestre da tempestade Os caçadores de espelhos eternos emolduram a arqueologia das locomoções no desassossego da notabilidade nas ânforas póstumas dos aluviões e na eremitagem rebelde do guitarrista onde o tear mutante do oceano restaura a verdadeira morada dos amantes
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[textos publicados nos livros Embarcações e A Singradura do Capinador]
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(imagens ©siede preis / wataru yanagida)
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Luís Serguilha (Vila Nova de Famalicão, Portugal). Coordenador de uma Academia de Motricidade-Humana. Poeta e ensaísta, suas obras são: O périplo do cacho (1998), O outro (1999), Lorosa'e boca de sândalo (2001), O externo tatuado da visão (2002), O murmúrio livre do pássaro (2003), Embarcações (2004), A singradura do capinador (2005), Hangares do vendaval (2007), As processionárias (2008), Roberto Piva e Francisco dos Santos: na sacralidade do deserto, na autofagia idiomática-pictórica, no êxtase místico e na violenta condição humana (2008), Korso (2010), os dois últimos em edições brasileiras. Seu livro de prosa intitula-se Entre nós, de 2000, ano em que recebeu o Prémio de Literatura Poeta Júlio Brandão. Participou de vários encontros internacionais de literatura e possui textos publicados em diversas revistas de literatura no Brasil, Espanha e em Portugal, além de outros trabalhos traduzidos em língua espanhola, inglesa, francesa, italiana,alemã e catalão. Responsável por uma coleção de poesia contemporânea brasileira na Editora Cosmorama.
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