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Aos 80 anos da morte de Camilo Pessanha

(07/09/1867 — 01/03/1926)

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Paulo Franchetti é brasileiro, fez a sua tese de doutoramento com uma edição crítica de Clepsidra  e prepara-se para avalizar, agora, o lançamento, em todo o Brasil, de uma edição de bolso da obra de Pessanha. Em entrevista ao Ponto Final [diário de Macau], acusa o Estado Português de incúria na preservação do espólio do poeta.

 

 

 

 

 

 

Ricardo Pinto - O que o levou a escolher Camilo Pessanha para a sua tese de doutoramento?


Paulo Franchetti - A leitura de Camilo Pessanha foi uma revelação do período da licenciatura. Li "Imagens que passais pela retina" e, confesso, não entendi nada. Mas embora não entendendo, o soneto impressionou-me muitíssimo. Mais do que qualquer outra coisa que tinha lido em versos até aquela altura. Fui, pois, buscar o livro, para ler mais poemas do autor. A sensação de maravilha aumentou e, desde então, Pessanha foi um dos meus poetas preferidos, juntamente com outras revelações desse tempo, como T. S. Eliot, Mallarmé e Fernando Pessoa. Quando terminei o mestrado, tinha de escolher um assunto para o doutoramento. Hesitei muito, pois Pessanha era um poeta sobre o qual me recusava a escrever. Como me recusei, durante muito tempo, a escrever sobre Eliot e Mallarmé.


Desses, Pessanha era o que me falava mais directamente, naquele momento. E, curiosamente, um dos que eu menos "entendia". Fui a Portugal, então, pela primeira vez, em 1989, para colher bibliografia sobre o poeta. Dessa viagem, resultaram duas certezas: a primeira era que a poesia de Pessanha tinha sido estudada com uma parcimônia que me parecia incompatível com a complexidade e beleza dos seus versos; a segunda era que as edições correntes estavam cheias de problemas e que eu não poderia fazer um ensaio sobre a sua poesia sem antes tentar entender a história das suas edições e eliminar as interferências editoriais, que me pareceram ser muitas.


De volta ao Brasil, refiz o projeto, propondo-me fazer uma edição crítica dessa poesia e recolher, para isso, todos os documentos disponíveis, em Portugal e em Macau. Foi essa edição a minha tese de doutoramento. Na seqüência disso pude, então, fazer o projetado ensaio que foi a minha tese de Livre-docência (o equivalente, em Portugal, à Agregação) e que foi publicado pela Universidade de São Paulo, em 2001: Nostalgia, exílio e melancolia — leituras de Camilo Pessanha.

 

 

RP - O que o fazia recusar-se a escrever sobre Pessanha? Gostaria que nos falasse das dificuldades que sentiu em penetrar no mundo simbólico de Pessanha e nas interferências editoriais em que acabou por esbarrar, bem como na parcimônia dos trabalhos de investigação sobre o poeta.


PF - Tenho um tipo de relação algo religiosa com os poetas de que mais gosto ou que mais me impressionaram numa fase qualquer da vida. É talvez um resquício da adolescência, mas é algo que ficou muito tempo comigo. Talvez isso derive do reconhecimento do modesto repertório crítico de que eu disponho e de que, qualquer que seja ele, é sempre um equipamento pífio para uma expedição na poesia — para glosar um verso de Eliot.


Penso que sempre receei comentar poesia — especialmente a grande poesia — de um modo que a tornasse mais fraca para outro leitor. No caso de Pessanha, a minha sensação era de que não saberia como fazer para manter, na análise, a impressão que me causavam as imagens (mesmo as que eu não compreendia bem) e principalmente o ritmo dos versos, a sua melodia encantatória. Tão encantatória que um soneto como o que mencionei (Imagens que passais...) podia ser lido, repetido e decorado sem que eu me preocupasse em analisá-lo, compreendê-lo de modo racional. E havia palavras, ou pedaços de versos, que ficavam (alguns ainda ficam) ecoando na minha memória, sem que eu soubesse porquê. Por exemplo: "repousam, fundos, sob a água plana"; "álgido inverno"; "oblíquo o sol, gelado". A água plana, o som que faz a palavra álgido, a idéia do sol oblíquo, o seu gelo — coisas assim tiveram um efeito profundo sobre mim, principalmente porque eu não sabia explicar (e ainda não sei) o que torna o adjetivo "plana" tão impressivo, ou por que um verso como "o sol e as águas límpidas do rio" parece dizer tão perfeita e definitivamente o que diz...


Quanto ao mundo simbólico de Pessanha, tentei seguir apenas dois veios, que me pareceram os vetores, as direções de força de boa parte dos poemas que eu mais estimava. Esses vetores foram a melancolia e a nostalgia, enquanto forma de organização da percepção e dos textos. Com eles e com o tema do exílio foi que fiz alguns exercícios de leitura, mantendo sempre o cuidado de não tentar fechar uma interpretação, dar um sentido único aos poemas, trechos de cartas e pedaços de artigos com que fui alinhavando a minha percepção do universo textual que identificamos com o nome de Camilo Pessanha.


As interferências editoriais eram muitas: desde atribuir um título a poemas que não tinham título, até substituir palavras, mudando muito o sentido de um poema. Dei conta de todas elas, na edição crítica que fiz, trazendo para primeiro plano o texto (ou os textos, quando havia várias versões) de Pessanha.


Os trabalhos de investigação eram muitos em número. Mas poucos em profundidade e significação. No geral, a fortuna crítica apenas repetia infinita e incansavelmente alguns lugares-comuns.

 

 

RP - Esteve aqui no princípio dos anos 90, quando preparava o doutoramento. Foi importante a sua vinda a Macau?


PF - Passei poucos dias em Macau. Dez dias, para ser exato. Em Macau pude ter acesso ao Caderno de Pessanha. Havia do Caderno uma excelente reprodução na Revista Macau. Mas, para o que eu queria, que era registrar todos os gestos textuais, todas os sinais que se localizavam sob as rasuras com que o poeta sepultara uma versão do poema ou uma hesitação de escrita, eu precisava olhar os originais, vê-los contra a luz. Tendo desenvolvido um sistema de notação, registrei tudo que pude, de modo a permitir que qualquer pessoa, com uma reprodução do Caderno em mãos, pudesse reconstruir a escrita de cada poema ali registrado. Em Macau pude ainda ler vários textos sobre o poeta que não estavam disponíveis em Portugal — especialmente os publicados pelos seus rivais ou inimigos. Além disso, a viagem teve um significado emocional muito grande: tentar imaginar a casa do poeta, que já não existe, visitar a Gruta de Camões, visitar o túmulo de Pessanha, tentar adivinhar a velha Macau que foi a dele, sob a cidade cosmopolita que se erguia orgulhosa em 1991, tudo isso sem dúvida contou muito para o trabalho que fiz nos dez anos seguintes.

 


RP - O que mais o impressiona na dimensão humana de Camilo Pessanha?


PF - O que mais me impressiona nele é a sua devoção à cultura chinesa. Penso que esse lado da sua vida tem sido objecto de pouca atenção e menor entendimento. Pessanha estudou chinês, aprendeu a língua e dedicou-se à apreciação da arte chinesa como poucos o fizeram. Parece ter traduzido imensas coisas: Carlos Amaro diz que viu com o poeta, em 1915, em Portugal, cerca de sete mil páginas manuscritas de traduções chinesas: "sete mil páginas em letra quase microscópica", escreve Carlos Amaro. Mesmo que fossem 700, a perda desse material é inestimável, a julgar pelas elegias que deixou traduzidas.


Da suas traduções restaram poucas páginas — que alguns ainda tiveram a preocupação de atribuir a outros, ou a diminuir o papel do poeta na sua elaboração; da coleção de arte chinesa, pouco se sabe, graças à incúria do Estado português e à ineficácia do museu onde esse material precioso foi parar. E não adianta nada o argumento de que a coleção não teria interesse sinológico: tem o interesse de ter sido a coleção feita pessoalmente por um dos grandes poetas de Portugal e só isso deveria bastar para que ficasse exposta como parte do acervo permanente de qualquer museu do país. É assim esse amor pouco valorizado pela posteridade o que mais me impressiona na sua dimensão humana.



RP - Voltou a Macau? Ou deixa, pelo menos, que o seu pensamento vagueie por aqui de tempos em tempos?


PF - Nunca voltei a Macau. Por acaso é algo que gostaria de fazer um dia, pois passei aí apenas dez dias, a maior parte dos quais a ler ou a escrever sobre o que lia e via nos arquivos.

 


RP - Ainda alimenta hoje algum projeto relacionado com o poeta, depois da tese e do livro que publicou a seguir?

 

PF - Além da tese e do livro, escrevi também alguns ensaios esparsos sobre aspectos vários da obra de Pessanha: a sua reflexão sobre a China, a sua defesa do Liceu, as fantasias biográficas que se teceram sobre ele. De momento, deve sair um ensaio longo que acabo de escrever, em resposta a dois insultos editoriais ao bom-senso e à obra de Pessanha, quais sejam as edições da sua poesia, assinadas por uma senhora italiana chamada justamente Bárbara Spaggiari e por um seu seguidor português chamado António Barahona. Em breve, devo publicar, por uma editora de Coimbra, uma nova edição da Clepsidra, na qual incorporarei a descoberta feita por Carlos Morais José e Rui Cascais — as anotações de Pessanha aos seus versos publicados na revista Centauro. A propósito, é sempre tempo de louvar a iniciativa do Instituto Internacional de Macau, datada de 2004, de publicar não só a transcrição dos poemas com as correções, mas ainda o fac-símile da revista.

 

 

RP - As reflexões de Pessanha sobre a China, subscrevê-las-ia?

 

PF - Seria impossível que as reflexões de Pessanha fossem ainda atuais, tendo a China passado pelas mudanças que passou desde a morte do poeta. Mas há alguma coisa de muito notável no ensaio que ele escreveu como prefácio ao livro do Dr. Morais Palha. É um ensaio claramente escrito em dois momentos diferentes, ou, ao menos, um ensaio que se articula sobre duas perspectivas bem distintas: a primeira parte é um tributo ao colonialismo europeu, um texto no qual Pessanha ecoa os muitos relatos sobre o que era o estado de decadência da China, ao menos nos portos onde o colonialismo fazia maior razia. Mas a segunda parte, na qual ele prevê o desenvolvimento enorme da China, com base nas qualidades que ele atribui ao caráter chinês, mereceria ser relida hoje, pois certamente teria grande interesse.

 

 

RP - E quanto à defesa do liceu e às fantasias biográficas, o que tem sido mais incompreendido ou mistificado?

 

PF - Sobre o pedagogo, a consulta às suas anotações de curso mostra que esse foi um fértil terreno para a fantasia biográfica. Pessanha parece ter sido um professor notável, que tinha o cuidado de preparar as lições com notas de rodapé e comentários longos, visando a exposição fundamentada e clara. Mas o aspecto no qual a mistificação parece ter sido maior foi na campanha de descrédito a que se submeteu, por conta de mesquinharias do ambiente colonial, ciúmes e invejas, a sua capacidade de compreensão e de fala do idioma chinês, ao menos no dialeto de Macau.

 


RP - Que divulgação tem hoje Camilo Pessanha aí no Brasil? A nova edição da Clepsidra de que fala destina-se unicamente ao mercado português?

 

PF - Camilo Pessanha tem, no Brasil, um público bastante grande. Ao menos, é o que faz supor a grande quantidade de trabalhos universitários que aqui foram dedicados ao poeta. Vou fazer a edição primeiramente em Coimbra, mas a seguir vou organizar uma nova edição da Clepsidra, com ortografia adaptada ao uso brasileiro, para a Editora Ateliê, de São Paulo. O interesse pela sua poesia é grande, a ponto de, recentemente, uma editora especializada em livros de bolso a preços muito populares consultar-me sobre a possibilidade de ceder o texto da minha edição crítica para publicação. Nesta edição vou inserir de novo apenas as informações mais recentes que surgiram depois do meu trabalho de 1995: as que vieram na edição recente do Instituto Internacional de Macau.

 

 

RP - Que sentido especial tem hoje a obra de Pessanha, num mundo dominado pela crescente influência da China?

 

PF - Penso que a obra de Pessanha tem valor independentemente de ter sido escrita, em boa parte, na China. Mas os seus ensaios sobre a língua e a cultura chinesas, embora sejam apenas uma parte pequena do que ele teria escrito e pensado sobre esse país e a sua cultura, sem dúvida têm grande interesse do ponto de vista da história de Macau e da relação entre os dois mundos que aí conviviam.

 

 

RP - E no contexto da poesia e literatura em língua portuguesa?


PF - Creio que Pessanha é um dos maiores poetas da língua. Nisso não estou sozinho, é claro. E hoje não parece ser necessário reafirmar o seu lugar de poeta de primeira água, pois é fato geralmente aceite.

 


RP - Eugénio de Andrade disse que a Clepsidra, com mais ou três ou quatro sonetos não incluídos na primeira edição, seria a obra mais importante da poesia portuguesa. Subscreve essa afirmação?


PF - É muito difícil afirmar isso. Eugénio de Andrade referia-se de fato à primeira edição, mais alguns dos sonetos que depois foram descobertos e publicados. Mas poderia dizer que a Clepsidra — entendendo por isso todos os poemas que Pessanha escreveu — é uma das obras mais importantes da poesia portuguesa, juntamente com o livro que reúne a lírica de Camões e o que reunirá a obra poética (ainda por conhecer inteiramente) de Fernando Pessoa.

 


RP - Que homenagem merecia o poeta no 80º aniversário da sua morte?


PF - Penso que uma grande exposição da sua coleção de arte chinesa seria a melhor homenagem que ele poderia receber: uma exposição em Portugal, e talvez também em Macau. Além disso, penso que a edição de uma fotobiografia que já esteve composta e se perdeu, da autoria do Dr. Daniel Pires, seria muito oportuna...

 

 

 

 

poemário
 
 

"Imagens que passais pela retina", assim começa o soneto que levou Paulo Franchetti a interessar-se por Pessanha.

 

 

Imagens que passais pela retina

Dos meus olhos, porque não vos fixais?

Que passais como a água cristalina

Por uma fonte para nunca mais!...

 

Ou para o lago escuro onde termina

Vosso curso, silente de juncais,

E o vago medo angustioso domina,

— Porque ides sem mim, não me levais?

 

Sem vós o que são os meus olhos abertos?

— O espelho inútil, meus olhos pagãos!

Aridez de sucessivos desertos...

 

Fica sequer, sombra das minhas mãos,

Flexão casual de meus dedos incertos,

— Estranha sombra em movimentos vãos.

 

 

Mas, diz Franchetti, também se sentiria obrigado a destacar um outro poema de Pessanha. O que a seguir se transcreve:

 

Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas,

— Fulgurações azuis, vermelhos de hemoptise,

Represados clarões, cromáticas vesânias —,

No limbo onde esperais a luz que vos baptize,

 

As pálpebras cerrai, ansiosas não veleis.

 

Abortos que pendeis as frontes cor de cidra,

Tão graves de cismar, nos bocais dos museus,

E escutando o correr da água na clepsidra,

Vagamente sorris, resignados e ateus,

 

Cessai de cogitar, o abismo não sondeis.

 

Gemebundo arrulhar dos sonhos não sonhados,

Que toda a noite errais, doces almas penando,

E as asas lacerais na aresta dos telhados,

E no vento expirais em um queixume brando,

 

Adormecei. Não suspireis. Não respireis.



 

 

Também ele poeta, Franchetti diz ter escrito um dia um poema, "algo juvenil, talvez, directamente inspirado pela leitura intensiva que fazia de Pessanha, ainda antes de iniciar os estudos de doutoramento". E que partilha agora com os leitores do Ponto Final:

 

 

(por uns versos de Camilo Pessanha)

Corpos e faces que habitam a lembrança,
Fluindo pelo tempo, em forma pura, até onde alcança
A mente, tão cansada de os buscar,
Por que como fantasmas me assustais?
Por que como uma lâmpada no sono,
Como gatos miando nos quintais?
Nos vagos de luz pálida e de fumo,
Sobre um rio que descobre
No barro e no arvoredo o frouxo rumo,
O que é vil ainda poderá ser nobre?
Gestos que desfilam no deserto,
E seguem onde sopra o areal.
Impossível remi los, se desperto,
Descobrir lhes uma pátria angelical.
E esse vulto, esse salto, esse arrepio,
Essa queda sem fim que tanto atrai.
De onde vindes, quem foi que vos sentiu?
Ondas do mar, calor, salinas,
Miragem de linhas cristalinas,
Por onde sem temor um barco vai.
Chegarão a repousar um dia?
O certo e o incerto em amorosa companhia?
Ficai, meus sonhos, ao menos nestas notas,
Indiferentes às águas, à voragem,
Integrados para sempre à paisagem.
Ecoando a voz do mar, as gaivotas,
Modulando os contornos de sua sombra veloz,
Junto aos traços límpidos da foz
.

 
 
 
 
 
março, 2006
 
 
 
 
(Entrevista concedida  ao jornal Ponto Final, de Macau, publicada no dia 1 de março de 2006,
aniversário da morte de Camilo Pessanha)
 
 
 
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Paulo Franchetti é professor de Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, desde 2003, dirige a Editora da Unicamp. Autor de estudos sobre literatura brasileira e portuguesa dos séculos XIX e XX, dedicou-se por vários anos ao estudo do haicai japonês e seu aproveitamento pelas literaturas modernas do Ocidente. É autor de livros de poesia, haicais, contos e ensaios (veja aqui), e crítico e colaborador de jornais e periódicos científicos.

 

Sobre Camilo Pessanha, publicou, entre outros, a sua tese de doutoramento  Clepsydra poemas de Camilo Pessanha. Edição crítica (Campinas: Editora da Unicamp, 1994); Clepsydra. Edição crítica — 2ª edição, revista e acrescida de documentos inéditos (Lisboa: Relógio D’água Editores, 1995); Nostalgia, exílio e melancolia — leituras de Camilo Pessanha (São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001); além de vários artigos, em jornais  e revistas, tais como: Camilo Pessanha e Fernando Pessoa (In: Voz Lusíada — Revista da Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes. São Paulo, janeiro-junho de 1997); Clepsydra: Poemas de Camilo Pessanha — reflexões para uma história de leitura e uma proposta de edição  (In: Quinto Império — Revista de Cultura e Literaturas de Língua Portuguesa, nº 7. Salvador, Gabinete Português de Leitura, agosto-dezembro de 1996); Camilo Pessanha e o Liceu de Macau (In: Voz Lusíada — Revista da Academia Lusíada de Ciências, Letras e Artes, nº 5. São Paulo, agosto-dezembro de 1995); Pessanha e a questão da poesia (In: Colóquio/Letras, nº 135/136. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, junho de 1995); Resenha de Camilo Pessanha — prosador e tradutor (Macau: Instituto Português do Oriente, 1992), organizado por Daniel Pires (In: Revista Colóquio/Letras, nº 135/136. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, junho de 1995); Camilo Pessanhaalgumas considerações em contributo à sua bibliografia (Revista Estudos Portugueses e Africanos, nº 21. Campinas, IEL/Unicamp, 1993); Sobre uma carta e uma variante de um soneto de Camilo Pessanha: duas retificações (In: Revista Estudos Portugueses e Africanos, nº 14. Campinas, IEL/Unicamp, 1990); Camilo Pessanha e a China (In: Revista Estudos Portugueses e Africanos, nº 11. Campinas, IEL/Unicamp, 1988).
 

 

 

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Ricardo Pinto nasceu em Moçambique e vive em Macau. É licenciado em Direito e jornalista.  Começou a trabalhar na Rádio Macau em 1979, passou depois por publicacões desportivas em Portugal e, então,  ingressou na Radiotelevisão Portuguesa (RTP),  em 1987,  de onde saiu, em finais de 1990, para a Teledifusão de Macau (TDM). Dirige o jornal  Ponto Final,  desde 1998  — o  jornal, que passou de semanário a diário em 2002, já faz 14 anos de publicação.