Alejandro Reyes é mexicano e mora em Salvador desde 1995. Pertence à nova geração de ficcionistas da Bahia. Publicou os seguintes livros de contos: Vidas de Rua (Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1997); O Lacandón (Salvador: Bureau Gráfica e Editora, 1997) e Contos Mexicanos (Salvador, Bahia: A Romana, 2004).

 

Seu romance inédito, A Rainha do Cine Roma, possui a contundência de um documentário e a delicadeza de uma carícia; embora retrate a vida dos meninos de rua nos bairros pobres daquela cidade.

 

Conheci a ficção de Alejandro Reyes numa circunstância especial: participei dos trabalhos de triagem dos originais, em nível Nordeste, para o prêmio Sesc de Romance versão 2003, ao qual ele concorreu e foi contemplado com uma menção honrosa, já em 2004. Com a Rainha do Cine Roma ocorreu algo raro em concursos literários: o leitor crítico ser tomado por todo um clima que envolve o romance e o arrasta a uma cumplicidade com as personagens e suas circunstâncias.

 

Mais do que por simples curiosidade, tive um gesto desses que acarretam uma certa "felicidade clandestina", como a do conto de Clarice Lispector: abri o envelope de "Beto de Ogum". Pelas normas do "regulamento", não estava previsto que as comissões regionais votassem, e, portanto, abrissem os envelopes com a identidade dos concorrentes (no entanto, nos tinham sido enviados...) Enfim, se eu deixasse que  incinerassem — fechado — aquele envelope, jamais viria a saber quem era Beto de Ogum. Lembrei o poema de Baudelaire A uma desconhecida; mais do que o charme, o mistério daquela que num instante, ao passar casualmente na rua, impressionou o poeta (e é de supor-se que o autor de As flores do mal nunca veio a saber quem foi a musa do seu poema)...

 

Fantasia à parte, foi desse gesto datado de um mês de abril, que resultaram um cartão, e nele a impressão que me causara a leitura de A Rainha... Em seqüência, alguns e-mails trocados e logo depois, em maio, a chegada de um novo livro pelo correio: Vidas de Rua; um livro tão denso e encantador, quanto o romance que desviou por alguns dias a rota de minhas leituras previstas.

 

Resta a expectativa de que algum editor desvie–se da rota do previsível em seus planos (para 2006?). Esse desvio poderá resultar em encontros surpreendentes. Não só com a atualidade e densidade do romance, mas até com antigos leitores divorciados da leitura e gratificados por re-conhecerem-se, tomados pela febre de uma narrativa em que a cidade grande é a principal personagem — da qual se geram todos os outros. [Maria da Paz Ribeiro Dantas]

 

 

 

 

 

 

Maria da Paz - Alguém comentou que a arte de hoje, incluindo evidentemente a literatura, é de um tremendo baixo-astral. Seu romance e contos refletem a miséria de existências humanas vivendo em submundos, como favelas e ruas das grandes cidades. Ao ler suas narrativas tem-se a impressão de que são destinos em que perpassa uma espécie de grandeza do horror. Você dispõe de um ingrediente a mais do que a representação do limite do desespero?

 

Alejandro Reys - Nada mais fácil, ao caminharmos pelas ruas das grandes metrópoles contemporâneas, do que nos depararmos com o sofrimento, a injustiça, o horror. O que surpreende não é mais o horror, mas o fato de o ser humano ser capaz de conviver tão comodamente com ele. Trata-se sem dúvida de um poderoso instinto de sobrevivência. Para suportar os embates de uma realidade violenta e cruel, o homem cria mil subterfúgios que lhe permitem fugir do vazio do absurdo e do arrepio do horror. Tranca-se em condomínios fechados, mergulha na ilusão da TV, protege-se das ambigüidades da vida na previsibilidade dos shoppings, ocupa-se com as minúcias ordenadas do seu cotidiano e com os pequenos e grandes dramas do seu viver pessoal. Não fazer isso, não fugir da evidência de um mundo tão evidentemente desordenado, atrever-se a encarar os horrores do mundo só pode ser feito com a fé religiosa de Aliosha ou com o desespero desvairado de Ivan Karamazov. Acreditando, como Aliosha, em um sentido ulterior, em uma ética, uma ordem, uma justiça para além do nosso mundo, incompreensível para nós, mas verdadeira e presente. Para quem não consegue ter essa fé, para quem, como Ivan, nada no mundo ou no além pode justificar o sofrimento de uma única criança, só resta o caminho do desespero e da loucura. Mas há ainda uma outra alternativa. Octavio Paz escreveu: "A história tem a cruel realidade de um pesadelo, e a grandeza do homem consiste em fazer belas obras da substância desse pesadelo, em transformar o pesadelo numa visão; em nos libertarmos do horror informe da realidade através da criação". Ele estava falando, evidentemente, do fazer poético, do fazer literário. E a literatura é, para mim, justamente isso: uma forma de dar sentido a um mundo sem bússola, uma forma de suportar o horror. As palavras de Octavio Paz se aplicam, de forma mais geral, ao fazer cotidiano do homem, à extraordinária criatividade com que consegue transformar o horror da vida em momentos belos, à força de vontade com a qual consegue manter viva a esperança quando tudo deveria levar ao desespero. Em um bairro pobre de Los Angeles, vi lutar — e ganhar — um boxeador mexicano que só tinha um braço. Numa rua da cidade de Puebla, vi um grupo de anciãs cegas tocando e cantando belíssimas músicas para ganhar alguns trocados, com uma alegria e uma emoção que me comoveram profundamente. Na Guatemala, vi os índios reconstruírem suas vidas, depois do exílio, na inóspita selva do Petén, enterrando as lembranças dos mortos e dos torturados com uma esperança e um otimismo que eu não consegui compreender.  Acho que é isso o que você chama de "uma espécie de grandeza do horror". É a grandeza do homem que floresce e nunca desiste, transformando o pesadelo da vida numa visão de esperança.

 

 

MP - Tanto em A Rainha do Cine Roma, que recebeu menção honrosa no Prêmio SESC de romance 2003, como nos contos da coletânea Vidas de Rua, você constrói situações que dão ao leitor a impressão, pela ilusão de proximidade em relação ao mundo real, que está diante de episódios, vamos dizer  verídicos. Só que a matéria é perpassada por um veio de humanidade que, no fundo, é ternura para com esses destinos totalmente desamparados. Considerando-se a personagem Mariana (do conto que tem esse título), a menina que conversa com a boneca, enquanto sonha com voltar para a mãe que a vendeu a uma casa de prostituição, você acha que a vida é madrasta?

 

AR - Creio que procurar justiça na vida é um exercício insensato. No entanto, nem tudo é obscuro, nem tudo é horror. Como eu disse, a grandeza do homem consiste justamente em saber transformar o horror em beleza, em encontrar faíscas de vida no meio da lama. A única coisa que não se pode suportar, porém, é o sofrimento de uma criança. O horror que tantas e tantas crianças têm de viver. Porque nelas não há opção, não existe o caminho da escolha. É inconcebível o mal que se faz a uma criança que se violenta, que se maltrata, que é forçada a viver o pesadelo como única realidade. Infelizmente, as histórias como a de Mariana são muito mais comuns do que se pensa. De fato, foi essa uma das coisas que me motivou a escrever A Rainha do Cine Roma: fazer uma homenagem a essas vidas desamparadas, que em nossas sociedades passam tão desapercebidas e que, no entanto, merecem o mais profundo respeito. Pela força de vontade sobre-humana, pelo esforço heróico daquelas que conseguem não sucumbir nas drogas, no crime, no completo abandono da dignidade, na morte.

 

 

MP - Em A Rainha do Cine Roma você aborda sem moralismo, mas com muita lucidez, a questão da exploração da sexualidade. Encara-a como única opção de sobrevivência para quem não tem outra alternativa a não ser morrer de fome. Como você consegue associar as situações escabrosas que daí derivam, com outras bifurcações que conduzem ao poético, como, por exemplo, os dois adolescentes fazendo amor numa caixa de papelão, protegidos apenas "por aqueles muros de nada"?

 

AR - É isso, justamente isso, o que eu quero dizer quando falo da extraordinária capacidade do ser humano de encontrar faíscas de vida no meio da lama. Uma das coisas que mais me impressionou quando comecei a ter um contato íntimo com as crianças de rua — através do Projeto Ibeji, que trabalha com meninos de rua com os históricos mais complicados, muitos deles com antecedentes criminais, e também através dos meus próprios contatos com as crianças do centro de Salvador — foi esse contraste espantoso entre as atitudes mais violentas e cruéis e uma comovente doçura infantil. Há nelas uma solidariedade, uma ternura, um desejo profundo de amor, tudo isso convivendo com a dureza, a frieza, a crueldade e uma tendência insólita para a violência. As crianças de rua são seres humanos com todo o seu esplendor e todo o seu horror multiforme, pouco tocadas pelos moldes da sociedade e da dita civilização. Essa cena — duas crianças se descobrindo num prodigioso encontro de humanidade, numa caixa de papelão, no meio da sordidez da noite — foi a melhor forma que encontrei de expressar meu deslumbramento e minha admiração por essa capacidade de amor dessas crianças, tão desprovidas de amor.

 

 

MP - Essas personagens que você constrói... vamos voltar a Mariana: ela  parece ser o produto de um submundo que você, de algum modo, conheceu ou a ele teve acesso. Dá pra dizer como consegue simular tão bem a intimidade de quem vê de dentro, não de fora?

 

AR - No seu livro sobre Joaquim Cardozo você cita trecho de um poema dele:

 

Através do quarto iluminado da janela

Olho as grandes nuvens que chegaram do Oriente

E me lembro dos homens que seriam meus amigos

Se eu tivesse nascido em Cingapura.

 

Quando eu tinha 15 anos, mudei-me com minha família da cidade do México para a Califórnia. De repente, na ingenuidade da adolescência, descobri uma obviedade: existem infinidades de mundos paralelos, de realidades alternativas. O edifício conceitual que até então regia a minha vida desabou. Da perplexidade — e da angústia —, desse desabamento nasceu uma nova consciência da vastidão do mundo e uma sede pelo desconhecido. Uma certa procura recorrente por essa sensação de desabamento fecundo. Aos 27 anos deixei a sensatez de uma vida ordenada como engenheiro em informática, em San Francisco, para viajar pelo mundo. Essa aventura duraria mais de cinco anos e me levaria à Europa, ao Meio Oriente, à Ásia, à América Latina. Durante essas viagens, tentei entender as realidades tão diferentes da minha e que por isso mesmo me fascinavam. Minha relação com o submundo das ruas de Salvador e das grandes metrópoles tem tudo a ver com essa procura de desabamentos de estruturas e de noções preconcebidas. Trata-se de uma realidade paralela, presente, constante na cidade moderna, e no entanto infinitamente distante da dita normalidade; uma realidade invisível, escondida nos becos da cidade e nos porões da consciência. Metáfora do lado obscuro que nós todos temos. O mundo da prostituição sempre me fascinou pelo que  fala sobre o ser humano. Acho que é no contato com a realidade-limite das fantasias e das perversões que o homem — e a mulher — revelam seus lados ocultos. Durante um tempo morei no Tenderloin, em San Francisco, e depois em Hells Kitchen, em Nova Iorque (quando a rua 42 ainda era a zona e não Disney Productions); andei muito em Saint-Denis em Paris, na Lapa (Rio), nas sempre sórdidas e coloridas ruas da Cohahuila, em Tijuana, e nos becos de Bangkok. E, sobretudo, nas ruas de Salvador. Porém, no que diz respeito especificamente ao conto Mariana, foi inspirado, não em experiências próprias, mas em um relato que li de um casal francês na Tailândia, que se dedicava a tirar crianças do mundo da prostituição, arriscando a própria vida nas mãos da máfia. Eles contratavam crianças, no hotel, e quando elas chegavam, davam-lhes brinquedos para se divertirem enquanto tramavam a melhor forma de fugir. O seu relato da ingenuidade e da simplicidade com que as crianças passavam do papel de objetos sexuais ao de crianças brincando com bonecas e outros brinquedos, causou-me profunda emoção.

 

 

MP - O romance A Rainha do Cine Roma é ambientado em Salvador. O conto Manduca do Forte, também. Pelo jeito, Salvador é uma cidade que exerce fascínio sobre você. Pode dizer por que e desde quando?

 

AR - Em 1995 cheguei à Bahia, em parte atraído pelas histórias de Jorge Amado e a fascinação pela capoeira, que eu praticava desde meus tempos em San Francisco. Minha intenção era ficar alguns meses, enquanto terminava um romance que eu tinha começado a escrever no México. Mas a cidade me seduziu, de tal forma, que esqueci minhas peregrinações e fiquei. É difícil definir o que há de especial nesta cidade, sem cair na pieguice da folclorização. A magia, o mistério, o misticismo, os orixás se fundindo com os santos e o som do batuque nos barracões dos candomblés, as rodas de capoeira, o colorido das velas flutuando em frente ao Forte do Mar, a alegria das festas de largo e o som do afoxé. Isso tudo sim, mas é muito mais. O que os promotores do marketing cultural ainda não perceberam e o que ainda não foi suficientemente explorado na literatura baiana contemporânea  é o fato de que a Bahia de Jorge Amado, de Carybé, de Pierre Verger não existe mais. A cidade é outra, com todas as contradições, encontros e desencontros próprios da pós-modernidade. Acho que é dessa fonte e não do saudosismo ou da imitação de realidades alheias que os escritores contemporâneos devemos beber para desvendar na literatura a riqueza de um dos lugares mais extraordinários que já conheci.

 

 

MP - A matéria-prima de suas narrativas é sempre retirada do submundo da cidade grande?

 

AR - Não necessariamente, embora este seja um mote muito presente na minha escrita. No meu livro Contos Mexicanos, tenho alguns textos que se desenvolvem no âmbito rural mexicano. E outros que embora se ambientem no contexto urbano, não tratam diretamente do submundo. Esse livro, de fato, faz parte de um projeto maior, chamado Os Deuses São Pós-Modernos e Bebem Coca-Cola, ainda inédito. Nesse livro, trabalho com a questão da identidade (ou identidades) latino-americana(s). Reporto-me a símbolos, mitos, lendas e tradições do nosso continente. Embora o contexto urbano esteja de fato presente em muitos dos contos, a ênfase não é necessariamente na marginalidade urbana. Mas, sem dúvida o universo marginal das cidades é uma forte presença na minha literatura. O meu outro livro de contos inédito, O Néon Vermelho do Anúncio da Esquina, trabalha também com essa temática.

 

 

MP - Como foi o seu percurso existencial até se definir por essa opção?

 

AR - Eu acho que tem muito a ver com a minha relação com a cidade de Salvador, onde eu realmente me desenvolvi como escritor. É inevitável que uma cidade que exerce tanta força na gente se infiltre na escrita; é uma voz que exige ser falada. Mas tem também a ver com a nossa realidade contemporânea. O fenômeno urbano no pós-Guerra Fria e na era da globalização é tão fascinante que não dá pra deixar de explorá-lo. Eu acho  até que  ainda vou voltar a trabalhar com o outro lado das coisas: o mundo rural, os povos que ainda foram pouco tocados por esse turbilhão da pós-modernidade. Tenho imagens muito vívidas de aldeias na Grécia, de povoados indígenas no México, na Guatemala, na Bolívia, de mosteiros tibetanos no Ladakh. Eu ainda não soube o que fazer com elas, mas sei que algum dia terão de sair.

 

 

MP - Na ficção brasileira, quais os autores que mais te marcaram?

 

AR - Meu primeiro contato com a literatura brasileira foi Jorge Amado. Como eu disse,  ele inspirou a minha vinda. Depois descobri Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, que considero uma das grandes obras da literatura universal. Lygia Fagundes Telles foi também uma das mais prazerosas descobertas que fiz; seus contos são de uma perfeição extraordinária. Gosto muito também de Lya Luft e Clarice Lispector. E Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Lima Barreto. E, sem dúvida, Antônio Torres que, além de ser um escritor refinado, é uma magnífica pessoa.

 

 

MP - E na literatura das Américas, de um modo geral?

 

AR - São tantos os nomes… temos uma literatura riquíssima em nosso continente. Os três romances que mais me marcaram foram O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar, Pedro Páramo, de Juan Rulfo e Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez. Mas gosto muito de Ángeles Mastreta e Elena Poniatowska, Carlos Fuentes, Vargas Llosa, Alejo Carpentier, Mario Benedetti. O cubano Pedro Juan Gutiérrez tem um trabalho excelente — e muito duro — justamente com o submundo urbano da Havana.  Recentemente, eu li Diablo Guardián, do mexicano Xavier Velásquez, outro grande exemplo, e que trabalha com temas similares.

 

 

MP – O que me diz de seus planos de trabalho e criação no momento atual?

 

AR - Tenho várias idéias para um novo romance, mas nenhuma ainda se concretizou. Nos últimos meses tem sido um pouco difícil me concentrar plenamente na criação, desde que comecei o mestrado em Estudos Latino-Americanos, em Berkeley. Minha dissertação, que estou terminando agora, trata justamente sobre a infância no Brasil e a dicotomia entre as crianças protegidas e cuidadas das classes média e alta e o descaso e a violência contra as crianças pobres e marginalizadas. Tenho planos de traduzi-la para o português e publicá-la no Brasil, pois contém algumas reflexões importantes.

 

Em setembro, iniciarei o doutorado em literatura latino-americana, de forma que será um desafio encontrar tempo para a escrita. Mesmo assim, espero poder terminar algum livro neste próximo ano. Outra coisa que tem me interessado muito, ultimamente, é o movimento zapatista, no México. O Subcomandante Marcos e um grupo de zapatistas estão viajando por todo o país, desde janeiro deste ano, reunindo-se com os grupos e pessoas mais marginalizadas da sociedade. São grupos indígenas de todas as etnias, trabalhadoras e trabalhadores sexuais, empregadas domésticas, estudantes, gays, lésbicas e travestis, presos políticos, operários, camponeses, mulheres, crianças… milhares de pessoas que nunca tiveram como expressar suas dores, suas esperanças, suas lutas. Eu não tenho notícia de alguma outra experiência similar na história. Os zapatistas não falam (falam o mínimo); escutam. E assim, vão surgindo as histórias. Tenho seguido de perto a viagem deles e muitos dos depoimentos são profundamente comovedores. Estou planejando acompanhar os zapatistas a partir do início de junho, no último mês da viagem, pelos estados do norte do México e na capital. Depois, ficarei um mês nas comunidades indígenas do sul. Não sei ainda o que vai resultar disso, mas minha intenção é transformar em livro todas essas histórias.

 

 

 

 

 

junho, 2006
 
 
 
 
Alejandro Reyes é mexicano e mora em Salvador desde 1995. Pertence à nova geração de ficcionistas da Bahia. Publicou os seguintes livros de contos: Vidas de Rua (Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1997); O Lacandón (Salvador: Bureau Gráfica e Editora, 1997) e Contos Mexicanos (Salvador, Bahia: A Romana, 2004). Seu romance inédito, A Rainha do Cine Roma, obteve menção honrosa no Prêmio Sesc de Romance 2003. Desde 2004, encontra-se em Berkeley, onde concluiu mestrado em Estudos Latino-Americanos, na Universidade da Califórnia, sobre a realidade dos meninos de rua. Atualmente, faz  doutorado em Literatura Latino-americana, na mesma universidade, sobre literatura marginal — Brasil e México. 
 
 
 
 
 
 

Maria da Paz Ribeiro Dantas é poeta e ensaísta, paraibana, radicada no Recife desde 1963. Publicou O mito e a ciência na poesia de Joaquim Cardozo (Rio de Janeiro: José Olympio, 1985). Sol de Fresta, poesia (Recife: Edições Pirata, 1979), menção honrosa especial no Prêmio Fernando Chinaglia 1977, da UBE do Rio); Ilusão em pedra, poesia (Recife: Edições Pirata, 1981); Luiz Jardim – ficção e vida (Recife: Companhia Editora de Pernambuco, 1989). Tendo dedicado especial atenção à obra do poeta e engenheiro Joaquim Cardozo, publicou Joaquim Cardozo contemporâneo do futuro (Recife: Ensol Editora, 2004), livro que inclui biografia, estudo crítico e antologia. Tem poemas e ensaios publicados em diversos jornais e revistas de cultura. Participou de várias coletâneas de poesia.

 
 
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