©vilma slomp
 
 
 
 
 
 
 

 

Um texto que se desvia de si mesmo, um texto que se fabula dando voltas em torno de si e para longe do que poderia ser, nele, qualquer forma possível de repetição. Um texto que é livre, que é todo liberdade. Uma escritura que toda ela é passeio pela imaginação, que é um sacrifício para fazer da linguagem sempre outra coisa, uma surpresa, um híbrido, um múltiplo. Essas coisas parecem dizer do trabalho de um dos escritores mais interessantes deste país, hoje: Wilson Bueno. Nascido em Jaguapitã, morador da bonita e fria Curitiba, Wilson comete travessias desviantes da linguagem em sua literatura. Autor de coisas como Manual de zoofilia, Jardim zoológico e Cachorros do céu, para dizer uma trilogia de bichos, cada livro numa perspectiva diferente a uma idéia de animalidade; desde uma dimensão do erótico — como pulsão — a uma narrativa que nos é sempre um "outro" e também um leitmotiv à sátira, ao riso e ao risco e num traço da ironia sempre sofisticada de Wilson.

 

E ainda, livros de narrativas insuspeitas, como Meu tio Roseno, a cavalo, uma importância fabular de uma aventura quixotesca às avessas: um cavaleiro, um território inóspito, uma viagem sem volta, uma dor sem fim entre céus e um amor em desvario; Cristal, com uma velha cortada ao meio pelo seu olhar; Mar paraguayo, aquela prosa difusa num entre portunhol, guarani, português, um brasiguayo sem limite temporal narrativo; Amar-te a ti nem sei se com carícias, uma ironia refinadíssima ao falar brasileiro dos oitocentos com sua narrativa quase lusa, os medos do século 20, as caricaturas da vida perambulante na capital da república etc.; depois, as delicadezas desenhadas nos tankas de seu livro Pequeno tratado de brinquedos.

 

Mas é Bolero's Bar, o seu primeiro livro, que foi publicado em 1986 pela Criar Edições que acaba de ser reeditado pela Travessa dos Editores, de Curitiba. São crônicas de uma longa temporada no Rio de Janeiro, nos finais dos anos 1970, começos dos anos 1980, articuladas como princípio de seu trabalho. Paulo Leminski, na apresentação do livro, escreveu sobre o trabalho de Wilson Bueno: "O seu foi sempre um estado limítrofe entre a poesia e a prosa, entre o registro do real e uma alta voltagem metafórica e imagética, de ressonâncias líricas: uma twilight zone. Um texto, um dia eu disse, andrógeno". Agora, nesta edição, este bolero foi dividido em dois, Bolero's Bar e Diário vagau, e colocado numa caixa quase como um mimo de celebração àquele que é o livro de estréia de Wilson Bueno, e que marca o início dessa trajetória singular no panorama da atual literatura brasileira contemporânea: híbrida, múltipla, uma "autonomia". O que segue é uma conversa com Wilson Bueno, feita por e-mail, aproveitando a deixa desta reedição charmosa do que ele mesmo chama de "estréia tardia", agora, nestes idos de 2007. [Manoel Ricardo de Lima]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Manoel Ricardo de Lima – Bolero's Bar é seu livro de estréia, em 1986 (Edições Criar), o que você também já chamou de "estréia tardia". E é um livro de crônicas, com uma interessante apresentação de Paulo Leminski. Agora, você desdobra o livro em dois, Bolero's Bar e Diário vagau, e os publica nesta charmosa caixa pela Travessa dos Editores, de Curitiba. Como você planejou a reedição e o desdobramento deste livro?

 

Wilson Bueno - Foram anos bem buliçosos aqueles dos meados dos oitenta. À inquietação criativa somava-se uma "experimentação" do corpo e de seus limites — prováveis e improváveis. Vivíamos a nascente democracia brasileira com uma gana e um desejo de provar de um tudo como nunca. Ainda que eu contasse, então, com 38 anos, achava precoce, acredite você, uma estréia literária. Leminski, confesso, forçou a barra e Roberto Gomes (Criar Edições) me instigou com a promessa da publicação dos meus textos da época. Surge aí então Bolero's Bar, que logo ganha duas páginas de domingo no jornal O Estado de S. Paulo, assinadas por ninguém menos do que o escritor João Antônio. Para quem começava, aquilo era a glória. Apoiado por um gozoso adiantamento patrocinado pelo escritor Fábio Campana, dono da Travessa dos Editores, e através de seu incentivo, não só financeiro, como, sobretudo, literário, passei quase seis meses reescrevendo a edição original do velho Bolero's. Também por sugestão de Campana e de Jamil Snege, acatei, não sem entusiasmo, a idéia de desdobrar o livro em dois. Com um fundamental acréscimo — o de reunir ali, em ambos os livros, tudo o que eu havia escrito em termos de prosa curta até aquele momento. Para o Bolero's bar, procurei canalizar as escrituras, digamos, mais ficcionais, deixando para o Diário vagau os registros melhor afins, digamos também, com a realidade. Dois livros, um artefato de papel, um dicionário de virtudes gráficas, em minha opinião. Paulo Sandrini, o designer, deu dignidade e sofisticação a um livro que estava há mais de quinze anos feito um objeto virtual. Existia sem existir, pululando em cópias xerox, de mão em mão, ou pelas internets da vida.

 

 

ML - Numa entrevista que fiz com você, junto com o Carlos Augusto Lima, para a revista Ficções você dizia o quanto gosta da crônica, aliás, que "adora a crônica, esse gênero que a criatividade não pequena de nossos jornalistas e escritores inventaram, do nada". Como é a sua relação de escritura com a crônica e que importância ela exerce em seu trabalho ficcional até agora?

 

WB - A crônica continua sendo um exercício quase diário de escritura. Atualmente não só a exercito no meu espaço dominical do jornal O Estado do Paraná, pontualmente reproduzida no blog do Solda, como, todas as quinzenas, na revista Idéias (Travessa dos Editores), onde, diga-se logo, estamos fazendo um jornalismo de atualidades dos mais notáveis do sul do país. O Marcelo Mirisola que o diga. Faço crônica com fervor; considero o gênero capaz de conter em si a magia e, até mesmo, o enlevo. É o espaço do escritor na imprensa nossa de cada dia. Já a importância da crônica no meu trabalho ficcional, eu a encaro não só como um exercício compulsório de estilo e síntese, a que me obrigo, no mínimo duas vezes por semana, como também passam a ser divertissements literários. Não havia, no passado, aqueles músicos exuberantes que entre uma peça e outra "descansavam" compondo cantatas? Medidas as proporções, é isso.

 

 

ML - Este seu livro parece não divergir ao corpo de seu trabalho. Há um caráter de "interessantíssimo" em todos os textos dele, principalmente porque parecem tocados pelo seu desenho autônomo de invenção e também porque um passeio por sua proposta narrativa posterior, quase até com citações dela. Fale um pouco dos anos de escritura destes textos e como a memória deles lhe visita ainda hoje.

 

WB - Penso que um escritor já nasça com caminhos definidos para a invenção ou às invencionices de toda uma vida. Quem desmentirá que no Drummond dos dezoito já não havia a pedra de toque dos oitenta? Escrever, para mim, é como um selo, ao qual você estará atado desde o princípio, nem sempre por escolha. Muitas vezes, também, por destino, fatalidade, condenação. Claro, da mesma forma que você, vejo ali o desenho, talvez mais vigoroso, ou as tintas mais maduras, de um instrumento que fui afinando até chegar à possível música da hora presente, com a qual, neste bairro curitibano, já vou dobrando o Cabo da Boa Esperança. Envelheço, mas creia, com toda certeza não envileço. E não está aí, registre-se, só um jogo de palavras. Memória, e tudo é memória. Não só as do passado, mas, ainda melhor inventadas, as memórias do futuro. Bolero's, às vezes, dói em mim como um filme antigo, e me vem a vaidade de tê-lo construído, fotograma a fotograma, como peças acabadas, prontas, retratos rebelados do artista quando jovem.

 

 

ML - Há um texto singular, a meu ver, neste seu Bolero's, que agora está no Diário vagau, intitulado "A morte e a morte do cronista Carlinhos Oliveira". Não só pela citação do bom livro de Jorge Amado, A morte e a morte de Quincas Berro D'água, mas pelo necrológio do amigo de flanerie textual. É possível pensar toda a sua proposta literária como sendo um "desvio" do gênero ou uma "reinvenção do delírio", como no texto em questão?

 

WB - Sua pergunta pega um tema importante pela raiz: ao tecer o retrato, e a elaboração do luto, quando da morte de José Carlos Oliveira, talvez o mais badalado cronista, estrito senso, que o Brasil já teve, procurei marcar o texto como uma sentida hommage ao gênero, mas também deixar claro ali que eu, particularmente, por paradoxal que seja, não era um cronista no sentido tradicional da palavra. Meus textos, você sabe, não têm rótulos; são como os definiu magistralmente João Antônio — autonomias —, veros exercícios de permanecer à margem. Que é o lugar onde eu me sinto mais à vontade. Neste sentido, sim, a minha proposta literária é, como você bem define, um "desvio" do gênero e uma "reinvenção do delírio", no que você também acerta em cheio.

 

 

ML - Em "Cão íntimo", por exemplo, há o encontro com "uma rua deserta e um cão roído de formigas", e em "Simples Tigres", também para continuar no mesmo exemplo, há um outro encontro, igualmente íntimo, pois ali passeia um vagau sozinho a se perguntar como pode entreter-se senão com a escritura da rua e com a escritura da vida. Algo tão visceral e íntimo quanto aquele que aparece também em "Igual que um bicho": "vai, Bueno, vai se esculhambar triste pela rota das hospedarias molambas". Qual o impasse desta solidão-escritura que vem de Jaguapitã até desaguar em sua novela Mar paraguayo? Que escritura íntima do mundo é esta?

 

WB - Eu só sei ser íntimo. Mesmo nas relações pessoais ou no sanatório das letras da Terra de Santa Cruz, eu só sei ser íntimo. Desde a minha meninice no sertão do Paraná. Você sabia, aliás, que Jaguapitã que dizer "cachorro vermelho", em guarani? Desconheço geografias, impasses, solidão. Às favas todos os gêneros porque, amorosamente, tenho a pretensão de cultivar, radicalmente, todos eles, sem preconceito ou exclusão. Dos Racontos de Vila Pequena, onde dificilmente você vai encontrar um adjetivo, ao delírio aos uivos de Mar paraguayo, passando pelo drama contido de Cristal e o amor e nojo à última flor do Lácio, em Amar-te a ti nem sei se com carícias, além dos meus bestiários, a literatura, para mim, é uma coisa só, e única, e insubstituível. Não viveria sem ela. É através dela que me salvo de mim mesmo todos os dias. A minha literatura é, ou pretende ser, o rastreamento dos caminhos e das sendas e — por quê não? — dos imprevistos tropeços no escuro.

 

 

ML - Para terminar, Wilson, você escreve crônicas há quase 40 anos. Desde a sua estréia na Tribuna da Imprensa, do Rio de Janeiro, início dos anos 1970 —, até o espaço que você ocupa hoje num dos principais jornais do sul brasileiro. E para mais onde tem escrito hoje?

 

WB - Não posso dizer que minhas crônicas estejam alijadas de todo das grandes mídias, digamos assim. Em Trópico, o classudérrimo site de cultura do UOL, fui contratado para assinar um texto todos os meses, com total liberdade de pauta. Tenho preferido canalizar para ali, no entanto, escrituras mais longas, pelo que permite a internet — ensaios, resenhas, contos etc. —, e não me vejo impedido de publicar ali as minhas crônicas. Mas claro que se houvesse um convite de um grande jornal para ser dele cronista, eu não hesitaria em aceitar. Seria uma honra estar entre nomes como Marcelo Coelho, Arnaldo Jabor, Bernardo Carvalho ou Affonso Romano de Sant'anna. Estou aberto a propostas (risos).

 

 

 

[Publicada, originalmente, no  Correio Braziliense, em 26/05/2007]

 

 

 

junho, 2007

 

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Wilson Bueno (Jaguapitã/PR, 1949). Considerado um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos, tornou-se nacional e, em certos círculos, internacionalmente conhecido, com o lançamento, em 1992, da novela Mar paraguayo (com antológico prólogo de Néstor Perlongher), publicada originalmente pela editora Iluminuras, de São Paulo, onde  em portunhol — um mix de espanhol, português e guarani — conta-se a vida de uma sofrida mulher e "el viejo", com quem ela vive, em Guaratuba, no litoral do Paraná. Em contraponto, a paixão por "el niño" — surfista e jovem. Perfeita metáfora das canhestras ditaduras latino-americanas, proliferantes, um tempo, em "nuestra America". Recentemente, o livro teve a sua primeira edição internacional, pela prestigiosa Intempérie Ediciones, de Santiago do Chile. A edição argentina saiu em 2005, pela editorial Tsé-Tsé. A mexicana foi publicada pela editorial Bonobos, apresentada por Eduardo Milán. Em Cuba a novela foi apresentada por Ricardo Alberto Pérez, em Once poetas brasileños. O livro foi adaptado ao cinema por Nivaldo Lopes, no média-metragem de mesmo título. Está sendo traduzido, por Erin Moore, para a Oxford Press University — em francenglish e mohwac (este fazendo as vezes do guarani original). Objeto de seminário, no segundo semestre de 2005, na Universidade da Sorbonne, conduzido pelo Prof. Dr. Pedro Araya (Paris IV). Tese de Doutorado (Professora coreana Hana Yang, Universidade de Berkeley/Estados Unidos).

 

Autor também de Manual de zoofilia, textos que refletem a mitopoética do amor erótico humano, considerado, entre outros, pelo crítico Uilcon Pereira, como "uma pequena grande obra-prima". A marca maior deste escritor, nascido em Jaguapitã/PR, em 1949 — mas profundamente curitibano por sua vivência e formação —, é a da inquieta e infatigável busca de um rendimento máximo dos recursos de que dispõe a literatura.

 

E nesta direção Wilson Bueno tem tido até aqui enorme êxito — seja no romance Cristal, lançado pela editora Siciliano, em 1995, classificado por Jairo Arco e Flexa, na revista Vip/Exame, como "superior a um filme de Tarkóvski"; seja nos textos de Jardim zoológico (Iluminuras, 1999), apresentados por Arnaldo Antunes; seja nos 58 tankas de Pequeno Tratado de brinquedos, com apresentação de Alice Ruiz e consagrador posfácio de Leo Gilson Ribeiro (professor pela Universidade de Heidelberg/Alemanha), também publicado pela Iluminuras; ou no festejado Meu Tio Roseno, a cavalo, livro que põe em pauta a questão da terra e do latifúndio no Brasil, finalista do Prêmio Jabuti de Romance — 2001, com prefácio de Benedito Nunes, um dos maiores mestres vivos da ensaística nacional. A novela, lançada pela editora 34, no ano de 2000, segue recebendo a unanimidade do elogio crítico brasileiro. O livro foi escolhido como título obrigatório do Vestibular Unificado/2002, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul–UFMS.

 

É autor também do livro (destinado a crianças de 0 a 100 anos) Os chuvosos, primorosa edição da Tigre do Espelho, dirigida pela poeta e designer brasileira Jussara Salazar. Segunda edição, em revolucionário projeto gráfico pela editora Lumme. Disponível na internet, como livro virtualmente folheável, marcado por inusitados efeitos sonoros e visuais no Cronópios. Em edição bilíngüe, Os chuvosos foi publicado, na Argentina, pela cultuada Eloísa Cartonera, a mais famosa editora alternativa portenha.

 

Apresentado aos leitores brasileiros pelo poeta Paulo Leminski, em 1986, com a reunião dos "contos-blues" de Bolero's Bar (Criar Edições/1986 e Travessa dos Editores/2007), Wilson Bueno desde lá só fez aprofundar o caminho que o coloca hoje, sem erro, no primeiríssimo time da literatura brasileira.

 

Bueno foi também o criador e editor por oito anos do suplemento de idéias "Nicolau", inúmeras vezes premiado, inclusive com o título de "Melhor Jornal Cultural do Brasil", pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1987.

 

Em 2000, pela vigência de um ano, ganhou a Bolsa Vitae de Literatura, da Fundação Vitae, a mais expressiva bolsa literária brasileira, com o romance publicado pela editora Planeta,  Amar-te a ti nem sei se com carícias, finalista do prêmio Zaffari e Bourbon de melhor romance publicado em língua portuguesa no biênio 2003/2004, concorrendo ao lado de José Saramago, Eduardo Agualusa, Chico Buarque de Hollanda, entre outros. A Bolsa Vitae, necessário acrescentar, foi postulada, nesta sua versão, por quase mil mil candidatos de todo o País. O romance também foi adotado como leitura obrigatória do Vestibular Unificado/2005, da UFMS.

 

Também pela editora Planeta, de quem é autor exclusivo, acaba de publicar o livro de fábulas Cachorros do céu, primoroso projeto gráfico de Vanderlei Lopes, com ilustrações de Ulysses Bôscolo e acordado prefácio do ensaísta Ivo Barroso — um dos dez finalistas do Prêmio Portugal Telecom de Literatura  2006.

 

Integra Medusario (México, Fondo de Cultura Económica) rigorosa seleta da produção latino-americana (organizada por José Kozer, Jacobo Sefamí — professor da UCLA — e Roberto Echavarren — poeta e ex-professor da NYU), representando o Brasil, ao lado de Haroldo de Campos e de Paulo Leminski.

 

Foi cronista dominical do jornal "O Estado do Paraná", um dos principais jornais do Paraná e da revista paranaense "Idéias", colaborador regular do caderno Cultura do jornal "O Estado de S. Paulo" e, na internete, assinou, com exclusividade, colaboração mensal para a revista Trópico, do UOL. Morreu em 30 de maio de 2010, na cidade de Curitiba, onde vivia desde a década de 1970. [Fernando José Karl]

 

Bibliografia

 

Bolero's Bar (Curitiba: Criar Edições, 1986 | Travessa dos Editores, 2007); Manual de zoofilia (Florianópolis: Noa Noa, 1991/2ª edição, Editora da UFPG, 1997); Ojos de agua (Argentina: El Territorio, 1992); Mar paraguayo (São Paulo: Iluminuras, 1992 | Santiago do Chile: Intempérie Ediciones, 2002 | Argentina: Tsé-Tsé, 2005 | México: Editorial Bonobos, 2006); Cristal (São Paulo: Siciliano, 1995); Pequeno tratado de brinquedos (São Paulo: Iluminuras, 1996/2ª edição, 2003); Medusario — mostra de poesia latinoamericana (Antologia. México: Fondo de Cultura Económica, 1996. Org. José Kozer, Roberto Echavarren e Jacobo Sefamí); Jardim zoológico (São Paulo: Iluminuras, 1999); Os chuvosos (Curitiba: Tigre do Espelho, 1999 | São Paulo: Editora Lumme, 2007 | Argentina: Eloísa Cartonera Ediciones, 2007). Pocket book na internet, no Cronópios; Meu Tio Roseno, a cavalo (São Paulo: Editora 34, 2000. Finalista do Prêmio Jabuti 2001); Once poetas brasileños (Havana/Cuba: Ediciones Cetrería, 2004); Amar-te a ti nem sei se com carícias (São Paulo: Editora Planeta, 2004. Romance premiado com a Bolsa Vitae de Literatura 2000. Finalista do Prêmio Zaffari e Bourbon de melhor romance publicado em língua portuguesa no biênio 2003/2004); Cachorros do céu (Livro de fábulas. São Paulo: Editora Planeta, 2005. Finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2006); Diário vagau (Curitiba: Travessa dos Editores, 2007); Pincel de Kyoto (A sair, São Paulo: Editora Lumme); Canoa Canoa (edição bilíngue, Argentina: Verbena Ediciones, 2007); A copista de Kafka (São Paulo: Editora Planeta, 2007).

 

 

Mais Wilson Bueno em Germina

 

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Manoel Ricardo de Lima é professor de Literatura Portuguesa da UFSC. Autor de As mãos — The hands (tradução de Antonio Sergio Bessa) e Falas inacabadas (com Elida Tessler), entre outros.
 
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