Jabá: nome alegre que se dá à maneira eficaz de convencimento de rádios e canais de TV encontrada pelas gravadoras para inculcar seus piores produtos através da repetição.

 

Jade: um desses minerais poéticos.

 

Janus: deus romano bifronte, amigo dos tradutores e das pessoas sem caráter.

 

Jargão: tipo de fala ou escrita codificada, como sói acontecer nas teorias de arte; as baladas em jargão, de Villon, escritas no código dos grandes malandros entre os quais ele circulava; o economês e o teoriquês são dois ótimos exemplos, mas fiquemos com o teoriquês artístico. Serve para traçar uma linha entre os savants acadêmicos que leram livros codificados nesse vocabulário infernal e inútil, e a pobre estupidez daqueles que dependem disso para tentar entender o que estão vendo, ouvindo, ou lendo; a "Muralha da China" da arte; You shall not pass, como disse Gandalf ao Balrog.

 

Jaspe: vide JADE.

 

Jeca: há muitos tipos de jeca, que era inicialmente um personagem tolo mas de bom coração, de Monteiro Lobato. Há o jeca artístico, por exemplo, que cunhou o termo sutil e de certo apelo poético "torre de marfim", que é uma das poucas maneiras conhecidas do simplório desdenhar o complexo.

 

Jingle: música estúpida e pegajosa dos intervalos comerciais. Afinal de contas, o que não se torna subitamente estúpido e pegajoso quando serve ao comércio?

 

 

 

abril, 2005