©andré ricardo homero
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sobre a poesia de Horácio Costa

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HORÁCIO COSTA desabrochamento DESCRITIVO do alvo biológico/iluminador da penetração protoplasmática/poética ESTRIADA/TRACEJADA pelas passadeiras da musicalidade/nómada onde a circulação da consciência homérica interroga intimamente as identidades poemáticas/cosmológicas  transcendendo as correspondências das intensidades cartográficas até à exaustão dos limites arqueológicos/cinematográficos.

 

A MUTAÇÃO das sonoridades sismológicas é substancializada pela sensação-simbolo da intertextualidade intragranular como a consciência do transe geomorfológico:____ :____anterioridade da metamorfose instauradora do ALARGAMENTO das duradouras configurações-vibrantes onde a montagem das (in)compatibilidades geográficas do ser liberta a perplexividade das impressões da floresta-poema-ascensional_____________.

 

HORÁCIO desinstitucionaliza/alastra/irrompe as cenas da NAVEGAÇÃO TEXTUAL através dum sustentáculo aprumado/trans-espacial que ilimita a (des)neutralização geométrica da universalidade e amplia as recristalizações da sublimação MITOLÓGICA. Pode ser uma espécie de risco-dinâmico das polaridades e(ou) das divisibilidades/subdivisibilidades dos ancoramentos das fortes experiências das genealogias SHAKESPEARIANAS____ multiformes CIRCULARIDADES da tragédia da PARAGÉNESE URBANA:_____ elevadores orgásticos-TERRESTRES a circunscreverem a marcha das descrições e as MORFOLOGIAS REORGANIZADORAS/transformadoras da espécie-SINÉDOQUE PEREGRINA.

 

As dimensões da alteridade propulsora das atmosferas experimentalistas/ epistemológicas/genesíacas adquirem outras armadilhas-realidades-exploratórias sobre a visibilidade do caminhante imaginário gerador de planos identitários e de formulações ambivalentes entre as multiplicidades existenciais do antropomorfismo e as sobreposições cósmicas superando as relações porvindouras e circunvizinhas da FRAGMENTARIEDADE/CELULARIDADE HORACIANA.

 

Aperfomatividade paroxista/sacralizadora/metafórica requalifica as interacções SENSORIAIS com o OUTRO (eixo de fundição) reanimando os efeitos da perturbação da origem centrifuga/centripta como a plenitude conflituosa dos rumos da interioridade indomável(correspondências geográficas em (re)composição): estas géneses dispersas pulsionais mobilizam o diálogo-câmara da habitação misteriosa do POEMA HORACIANO_____cenário de acção URBANA/ relampagueante do GEÓGRAFO INSONDÁVEL que submerge na alucinação inexplorada; no entreaberto convulsivo da intercorporalidade; no oscilador de utensílios da reduplicação libidinal; na predisposição luminosamente vegetal, na transgressão/desarranjo da intemporalização: __ unificadora elementariedade do movimento ciclónico intersticial/desterritorializado/(in)fantasmagoria musical:____ confabulação genómica amplificadora da mecânica das correntes APOCALÍPTICAS como uma  aliança de osmoses dinâmicas cheias de pulsões metamorfoseadoras dos antagonismos/imposibilidades, das forças obscuras da perspectiva do SER e do cosmos excêntrico da METRÓPOLE ___ todo este encadeamento exalta os impulsos reveladores das superações recriadas pela pluralidade espontânea/tumultuosa dos sentidos que evidenciam o auto-colorismo da TRAGICIDADE/SACRALIDADE :__ reverberação ALEGÓRICA sobre a obsessão arquitectónica das CIDADES ÓRFICAS/ou/ a sincronização dos contrastes a vibrar no prosopoema desintegrador dos fluxos epifânicos:___ relações polifónicas da complexificação (des)construtucionista acelerada pela imensidão do território heterogéneo-cataclástico-HORACIANO.

 

HORÁCIO COSTA contempla a erotização do princípio simultâneo dos cânticos transmissíveis/cosmopolitas ao contextualizar a pulsionalidade densa-institual/cognescente onde a amamentação da presciência deflagra os decursos angulares da interdisciplinariedade e os adiamentos cinéticos da biblioteca nativa para restituir a espiral orgânica/inorgânica das interrogações poéticas. Assim o POETA multiplica as urdiduras da (outra)corporalidade criadora de contiguidades incandescentes: imagem-luz-altercação da luminosidade-obscuridade___ energia infinita da MULTIPOLARIDADE a atravessar as trevas dos ESPAÇOS INTERNOS para entusiasmar os faróis da poderosa VIAGEM DA biodiversidade dos DISCURSOS.

 

A PERFOMATIVIDADE dos diastrofismos HORACIANOS liberta ELIPTICAMENTE a mutabilidade das rotas para marcar a fibra da desconstrução GEOGRÁFICA e potencializar uma nova impulsão até ao prolongamento da formulação perspectivista (autofecundação do ser-poema no espelhamento da vertigem); (possibilidades orogénicas na substantivização do POETA-SISMÓLOGO)

 

As disseminações da intensificação arquitectónica/POÉTICA embatem indefinidamente na  iridisçência relacional, no resplendor da dessacralização, na POTENCIALIDADE CRIADORA/intermitente da estilizada sugestividade/inter-artística, na REVISITAÇÃO das ascendências e na cintilação das criaturas vivas recriando o eu-outro entre a materialização morfológico-linguistica/e/ a maternidade nativa reconciliadora da incandescência das afinidades activas___ istmos palimpsesticamente erotizados pelo dialogismo cósmico/ transposição do conhecimento do REAL_____ou mesmo pela procura metageométrica ____ ou AINDA pelo  abismo do descobrimento EPISTÉMICO__________________ TODO ESTE FOGO OSCILANTE E PANTEÍSTA/ científico /METROPOLITANO-HORACIANO decifra o apelo metabólico das ORIGENS: descodificação fosforescente da elementariedade das VIAGENS RIZOMÁTICAS/transtextuais a ultrapassar as composições-outras-zonas bibliotecárias-babélicas-borgesianas ____ extravasando e fragmentando os círculos cromáticos da montagem PRIMORDIAL da autentacidade metapoética/metaregressão como se a metamorfose/divisibilidade/inacessibilidade da cidade fosse activada pelo sublime matemático das condições pre-cinematográficas/humanas.

 

A percepção HORACIANA REINVENTA UMA NOVA figura da luz-mundo que difunde os micro-entresseios da pré-realidade suprema onde as continuidades da diferenciação óptica- sonora interagem com as assinações-epígrafes alógrafas absolutamente moduladas pela incomensurabilidade e imprevisibilidadede da descarga eléctrica da MAGIA URBANA____ planta bravia a armazenar o explosivo encadeamento da intersubjectividade signica onde HORÁCIO COSTA concilia a   sequencialidade/descontinuidade da confrontação das misturas/MITOLÓGICAS/PICTÓRICAS e das re-significações gigantescas da insustentável genética da desfocagem citadina_____ (derme-a-derme a comunicação eclode nos parâmetros moleculares dos movimentos intensivos dos ENCONTROS da ANATEXIA-POÉTICA- UNIVERSAL).   

A pulverização intergenómica/Horaciana ritualiza a conversibilidade fenomenológica da pulsão TRANSCENDENTE onde as árias do INTERFACE  dimanante antecipa os rostos-reflectores das multicentralidades pansemióticos ___:___:____

 

MUNDO PERCEPTIVO/ epistemológico apresentando a efusão dos complexos sentidos ao referenciar a diversificação da crase pro-vascular da natureza dialógica  onde os lances da linguagem-PAULISTANA/MEXICANA e de outros MUNDOS mobilizam-se/ flexibilizam.-se na construção das naus purpúreas da excitibilidade poética ____ elo/impulsor sensorial a deflagrar o elementarismo das identificações/fertilizações da FRACTALIZAÇÃO//viajante// ARQUITECTONICA________ A PINTURA vivenciada nesta total indeterminação/configuração poética transmigra entre o metaforismo da combinação desorientadora dramática/HUMANA/HISTÓRICA-CARTOGRÁFICA para MINEROLOGICAMENTE visualizar a POLIPLODIZAÇÃO HORACIANA__________________________________      

 

 
 
março, 2008
 
 

 

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Luís Serguilha (Vila Nova de Famalicão, Portugal). Publicou O périplo do cacho (poesia, edição de autor), O outro (poesia, edição de autor), Entre nós (narrativa, Editora Quasi), Boca de sândalo (poesia, Editora Campo das Letras), O externo tatuado da visão (poesia, Editora Ausência), O murmúrio livre do pássaro (poesia, Editora Ausência), Embarcações (poesia, Editora Ausência) e A singradura do capinador (poesia, Editora Indícios de Oiro).

 

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