Desde
que o mundo é mundo, ou seja, há bastante tempo, o homem se indaga sobre
a necessidade do trabalho. No início eram as sociedades primitivas, onde
o essencial era a sobrevivência, o ver o findar de um dia e o nascer de
outro.
Com
o tempo e a evolução das sociedades surgiram os escravos. Prisioneiros
de guerra, pessoas que não tinham como saldar suas dívidas tornavam-se
escravas. O trabalho escravo define-se pela não remuneração, fato este
que não enobrecia seu autor e facilitava e muito a vida de quem o
recebia.
O
tempo continuou passando e o mundo ficando mais velho, mas certamente
não mais sábio. No século XIX, surge o capitalismo e o homem passou da
condição de pobreza à de miséria.
A
verdade é que não há trabalho para todos; o que faz a sobrevivência
difícil para a maioria e a expressão "luta diária" ser tomada mais ao pé
da letra do que um dia se poderia imaginar.
Deus
alertou a Adão: "ganharás o pão com o suor de teu rosto". O que todo
mundo imaginou é que juntamente com o pão viriam a manteiga e o pingado
quentinho, mas a grande verdade é que a maioria não tem o que comer e
morre de fome.
Se
o trabalho promove, na maioria das vezes, ele promove o bem de poucos e
a desgraça de muitos, que trabalham horas sem fim, sob condições
insalubres, para receber um parco salário.
O
trabalho deveria dignificar o homem. Proporcionar-lhe tal prazer e
alegria que ele não conseguisse se ausentar do
mesmo.
O
trabalho deve promover o homem que o faz e o homem que o recebe, deve
ser justamente remunerado e reconhecido, deve ser um bem, um direito,
uma conquista.
Todo
homem deveria trabalhar com o afinco da formiga e cantar com a alegria
da cigarra, ou seja, trabalhar cantando ou cantar
trabalhando.
Ambas
constituem os dois pólos de um mesmo problema, mas todos sabemos que o equilíbrio é
fundamental.
