sem título | daniel senise | acrílica, óleo e esmalte sobre tela | 245X201 cm | coleção particular | brasil | 1988
 
 
 
 
 
 


 

O poema

 

       

        No simulacro em que

                              me habito

                      despido de sentimento

                  e perda conservo a intenção

               do primeiro gesto — escuto Vinicius —

            e derradeiro em oferenda. Minha amada

                                 permanece em seu olhar.

                                 Observo o arrependimento

                             alheio no perceber a solidão

                             ao outro concedido.

 

 

 

Razão

 

O poema compõe série na busca da tradução de ditos populares em seus fragmentos — (re)leitura livre na minha visão. Teve por motivo/inspiração a expressão que me ocorreu — "No simulacro em que me habito..." — e abrangeu Vinicius em razão de programa televisivo (Rede Brasil) onde se apresentava a cantora Ava Rocha (transcendente em sua performance musical), de quem eu nunca havia tido notícias; surpreendente em canções do Poetinha.

 

 

dezembro, 2013
 
 
 

Pedro Du Bois (Camboriú/SC). Poeta e contista. Vencedor do 4º Prêmio Literário Livraria Asabeça, Poesia, com o livro Os Objetos e as Coisas, editado pela Scortecci Editora, SP. Tem publicado pela Corpos Editora, Portugal, A Criação Estética; pela Sarau de Letras, Mossoró, RN, Seres; pelo Projeto Passo Fundo, Brevidades, Via Rápida e Iguais. Mais: pedrodubois.blogspot.com.

 

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