ART BRÜT / ARTE BRUTA: o termo foi criado, em 1945, pelo artista plástico e escritor francês Jean Dubuffet, em viagens pela França e Suíça, para pesquisar, encontrar e designar novas formas de arte, diferentes da produção oficialmente aceita como arte, tais como as manifestações expressivas brutas, espontâneas, vigorosas e autodidatas. "Guardo grande estima aos valores da selvageria: instinto, paixão, capricho, violência, delírio", observa Dubuffet ao assinalar seu entusiasmo por uma arte que usa "objetos que habitualmente não servem para a arte" e a sua despreocupação relativa ás referências á história da arte e conceituações sobre o belo. Ao longo da vida montou uma coleção enorme com desenhos, esculturas, pinturas, etc. feitas por pessoas sem formação artística (inclusive doentes mentais) ou ligações com o mundo da arte. O interessante do termo é que a ART BRÜT / ARTE BRUTA, também é usada para designar as próprias obras de artes produzidas por Dubuffet. Ele tinha por objetivo desenvolver uma arte em estado bruto e livre de amarras, na qual o artista ao produzir uma obra parte da intuição como princípio fundamental. Artista e obra: Jean Dubuffet (abaixo).

 

 

 

ART BRÜT / ARTE BRUTA: imagem da escultura/monumento "Grupo de Quatro Árvores", de autoria

do francês Jean Dubuffet, Chase Manhattan Plaza, Nova Iorque, NY, EUA, 1970-72.

 

 

 

ART NOUVEAU: foi um estilo artístico, que se espalhou pelo mundo a partir de 1880 até a Primeira Guerra Mundial. Estilo muito usado para efeitos ornamentais, pinturas decorativas, artes gráficas, nos campos do design e arquitetônicos, e tinha como característica padrões lineares sinuosos, ondulantes, assimétricos, tratados de maneira simples. De acordo com historiadores e críticos de arte, a sua fonte é bem eclética, porém podemos destacar duas influências importantes: as ousadas simplificações das gravuras japonesas e o movimento britânico ARTS & CRAFT. O nome ART NOUVEAU tem a sua origem na galeria La Maison de L´Arte Nouveau, aberta em 1895 pelo marchand alemão Siegfried Bing em Paris, França, com o objetivo de colocar á disposição do público a nova produção europeia nos setores de arte e artesanato. A ART NOUVEAU utilizou um vasto número de materiais novos e modernos nas confecções de cadeiras, escadas, edifícios e cartazes. Teve nomes diferentes em vários países, no Brasil chegou com o nome de "Arte Floral". Artista e obra: Victor Horta (abaixo).

 

 

 

ART NOUVEAU: imagem da escadaria de ferro forjado para a residência "Tassel",

de autoria do português Victor Horta, Bruxelas, Bélgica, 1893.

 

 

 

CoBrA: em 1948, Paris, França, artistas oriundos de várias cidades europeias criam o grupo CoBrA. Publicam um manifesto e 10 números da revista CoBrA Revue. Teve um curto período de existência, de 1948 até 1951, porém foram reconhecidos internacionalmente. O nome do grupo foi criado pelo poeta e pintor belga Christian Dotremond, e consiste na combinação das letras iniciais, das três cidades-núcleos, das quais partiram seus principais artistas: Copenhague, Bruxelas e Amsterdam. Iconoclastas, privilegiam o ato criador em detrimento do objeto criado. Os artistas do grupo dão formas eruptivas em seus trabalhos, dialogando com as artes populares, garatujas, iluminados por impulsos espontâneos e violentos em suas cores fortes. Como grupo do pós-guerra (Segunda Guerra Mundial) retratam a desumanização e esperança num mundo melhor. O CoBrA é um grupo de oposição ao ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO, também ao REALISMO SOCIALISTA. Buscavam inspiração na ARTE PRIMITIVA, na ARTE POPULAR, grafite, mitologia, arte infantil e arte dos doentes mentais (nisso tem aspectos que aproximam o CoBrA da ARTE BRUTA, assim como, em outros aspectos, aproxima-se também do SURREALISMO e o EXPRESSIONISMO). Artista e obra: Karel Appel (abaixo).     

 

 

 

CoBrA: imagem da pintura "Crianças Questionadoras",

de autoria do holandês Karel Appel, 1949.

 

 

 

Combine / Combines: refere-se ao verbo inglês to combine, combinar (duas coisas), reunir (coisas e aspectos diferentes), juntar (ingredientes, substâncias diferentes). O termo foi criado pelo artista americano Robert Rauschenberg, em 1954, para designar as suas novas obras, que apresentam aspectos tanto da pintura quanto da escultura. É um hibridismo. Ele fez uma divisão, na qual as obras que se destinavam a ser penduradas na parede (revelando aspectos e semelhanças com o quadro) recebiam o nome de combine painting, enquanto que as outras que se mantinham em pé (revelando aspectos e semelhanças com a escultura), ele chamou de simplesmente de combines. Suas colagens e combines, utilizando materiais diversos, bidimensionais e tridimensionais, como ilustrações de revistas e fotos reunidas com símbolos da sociedade de consumo (em especial a Coca Cola), também situa o artista como um dos precursores da POP ART, nas décadas de 1950-60.  No final da vida (faleceu em 2008), utilizou e experimentou até o neon nas suas combines. Artista e obra: Robert Rauschenberg (abaixo).

 

 

 

COMBINE / COMBINES: imagem da obra "Riding Bikes", de autoria do americano

Robert Rauschenberg, Berlim, Alemanha, 1998. 

 

 

 

 

agosto, 2014