©thomas leuthard

 
 
 
 
 
 
 

O LIVRO DOS SONHOS



O livro que nunca fiz

Hoje teria um prêmio.

Seu título jaz, ilegível, 

No lábio dos homens.


Nunca fora publicado,

Escrevi-o todo em sonho.

Mas dado, um dia, a lume,

Dorme à sombra do olmo.


Leio-o sozinho, às vezes,

No encosto da poltrona,

Diante das páginas mudas

Onde brotam nulos poemas.


Procuro-o, roto e abstrato,

Em surdos alfarrábios,

Ou nas letras ignoradas

Dos esconsos alfabetos.


Apagado para sempre

Do reino das palavras,

Meu livro não tem nome:

Onírico, huno, visigótico,


Clarividente, enigmático,

Calado eternamente

Na boca sem dentes

Do invisível silêncio.







PASSWORD



A tua senha deve conter, ao menos,

Uma letra maiúscula e máscula,

A linguagem de todas as palavras,

A firma reconhecida de Marx.


Deve caber todo signo e zodíaco,

Todos os centauros, musas e grifos,

Um pouco também da alma do diabo,

E as sete chagas de Cristo e Mefisto.


Deve conter um número incógnito,

O enigma da esfinge e um mistério,

Uma série de mantras inaudíveis,

Os segredos do cosmo e do eterno.


A tua senha deve ter um símbolo,

Repleto de aliterações sinestésicas,

Um tratado completo de poética,

Uma filosofia sem ética e estética.


Em tua senha deve conter sonhos,

A sanha de lírios e de delírios,

A galáxia em volta de toda órbita,

A orbe e a urbe, o ubre e a obra.


A tua senha deve ser um hieróglifo,

Uma escrita rúnica e cuneiforme,

Onde caibam papiros e alfarrábios,

E também o sangue de uma virgem.


A tua senha deve conter o sonho.







UMA RUA QUALQUER



a Nauro Machado



A rua principal, em que caminho agora,

Não pode ser medida em metros e léguas,

E tampouco tem a extensão dos séculos

Ou ainda o sapato gasto das distâncias.


A rua que tenho agora diante dos olhos,

Às vezes cansados dos passos trôpegos,

Outras vezes malferidos de angústias,

Estende-se por precários quilômetros


Ao longo do acúmulo de incertezas,

De dúvidas e suspeitas satânicas,

E ao fim de uma súbita encruzilhada

Onde apostamos as almas estioladas.


Esta rua que é longa, cidade adentro,

Desemboca em muitas outras ruas,

Em becos, vielas, artérias expostas,

Em braços de cristos presos à cruz.


Uma rua assim não cabe no trajeto

De uma cidade inteira, em pó erguida,

Em meio ao silêncio dos lábios náufragos,

Ao longo do cicio de vozes sôfregas.


Esta rua prossegue de ambos os lados,

Cercada por casarões assombrados,

Espantalhos da ausência e esquecimento

Observando-me enquanto aperto o passo.


Enquanto sigo pela rua sem direção,

A caminho de um nada à minha espera,

Ouço sons esgueirando-se às janelas,

Vozes entrecortadas, surdos ruídos;


O tambor do eterno, sístole e diástole,

A voz de um porteiro indagando as horas,

Entre relógios e pêndulos vencidos,

De um dia a mais que passou em tua vida.


Nesta rua sem qualquer fim ou começo,

As grades das portas são globos cegos,

Vigias noturnos de uma ronda abstrusa,

Sombras sonoras, roídos calabouços.


Logo pressinto que esta rua conduz

A um caminho de casas tresloucadas,

A bairros desterrados pelo medo,

A becos devastados pela morte.


Estranho entre outros estranhos da rua,

Percebo em meus dedos vãos estalidos,

Ouço o automóvel de rotas rotas

Ante o semáforo aceso da vida.


Aonde me leva esta rua, além do fim

Ou ao começo de uma outra rua ao final,

Que cruza com outras ruas infinitas,

Em cidades e mapas ignorados?


Só sei que esta rua, que dá no infinito,

É comprida como toda existência

Que se alonga em anos e anos a fio,

Corpo velado em fim de expediente.


Mas a rua em que estou agora não é rua.

Sequer posso chamá-la de outro nome

Entre velas trêmulas, caídos túmulos,

De um cemitério de mortos gaviões.


Porque esta rua não se mede em metros.

Não posso medi-la em passos ou horas.

Tampouco em baques de pachorra e tédio.

A rua ante meus olhos mede-se em anos.


Em sexo, casórios, filhos, folguedos. 

A rua em que ando tem a exata medida

De um metro e setenta e dois centímetros

De angústias, dúvidas, medos, lembranças.


E de repente não vejo rua alguma

Onde antes havia paralelepípedos.

Meus pés se afogam no chão, e pergunto:

"Foi a rua que acabou, ou foi o mundo?"







LUGAR COMUM



A duras penas, eu compus o poema,

E abriu-se um abismo sob meus pés.


Descasquei o abacaxi, sem problema,

Em completo abandono e sem stress.


Levantei assim o muro das palavras,

E acertei em cheio, não me fiz de rogado.


Fiz então um verso alheio, doutras plagas,

Certo de que achado não é roubado.


Como sói acontecer, criei a moldura,

E acolhi o poema de braços abertos.


Costurei um acordo com a loucura,

Em meio à vida e afazeres domésticos.


Forjei-o com um aço de fina têmpera

Sem me intimidar com o adversário.


Trabalhei com afinco, noite adentro,

Sem qualquer apoio, soldo ou salário.


Consolei os aflitos, cri piamente,

E não abri espaço na minha agenda.


Até debaixo d'água, incontinenti,

Não cedi à pressão, tampouco às vendas.


Procurei outro verso, agulha no palheiro,

E lancei os alicerces doutra estrofe.


Com novo alento, e mais um dia inteiro,

Ouvi segredos de uma voz em off.


O coração na mão, amarguei derrotas,

Pensei no amanhã e na questão do âmago.


O poema sorriu-me, mas fechou as portas,

Como um velho amigo de longos anos.


Foram-se os versos, restaram os dedos,

E já iria recolher-me aos aposentos.


Mas no apagar das luzes, ainda cedo,

Vieram-me estranhos, novos pensamentos.


No meio da noite, de pernas para o ar,

As lembranças armaram-se até os dentes.


E novamente, mas com certo esgar,

Velhos fantasmas saíram da fria mente.


Como um autômato, arranquei a fórceps

As palavras que batiam as suas asas.


Com a força hercúlea do tronco e bíceps,

Tomei-as de assalto, ardentes em brasa.


Mas o poema tinha o rei na barriga,

E obrigou-me a pôr as barbas de molho.


Como não sou bom de bola nem de briga,

Joguei a toalha, no furacão do olho.


Foi um baque surdo, mas entreguei o jogo,

Sem fazer muito barulho por nada.


Aguentei a barra, a ferro, farra e fogo,

Até o último bastião e o fim da batalha.


Bicho de oito cabeças, fera diurna,

O poema, boa bisca, queixou-se ao bispo.


Altos brados, voz mansa e taciturna,

Sussurrou-me diálogos de aoristo.


Então fui à raiz do mal e dos cabelos,

E pus-me a meditar, as mãos no queixo.


E, em mato sem cachorro, nu em pelos,

Mordi a própria língua, em puro desleixo.


Caí em mim, como cai um homem morto,

Vendo a calva reluzente do abstrato.


Caminhei a passos largos, todo torto,

Diante do silêncio de meu retrato.


Se todos os caminhos vão a Roma,

Com quantos paus se faz uma canoa?


Perguntei ao poema os fatores da soma,

À beira do caos, em São Luís ou Goa.


Carreguei nas tintas, cheirei a carreira,

Dei a última cartada, gastei a bucha.


O poema perdeu então toda estribeira,

E outra vez lançou-se à caça das bruxas.


Chutou o pau da barraca, chumbo e chuva,

E matou a cobra, em surrado clichê.


Fez juras em casamento de viúva,

E amou e viveu, sem script ou cachê.


Puxou o cordão, manso como um cordeiro,

Balançou o coreto, como um corisco.


Fez de tudo um pouco, com meu dinheiro,

E ainda ergueu um templo e um obelisco.


Dedicou-se de corpo e alma à escória,

E foi o pivô do crime, causa e crise.


Não poupou críticas duras à história,

E apontou os meus erros, o dedo em riste.


Como o defunto era maior que a cova,

Eu fiz, para ninguém botar defeito,


Um verso cheio de segredos de alcova,

Para ocultar o meu crime perfeito.


A criatura nasceu, muito a contento,

Com requintes de luxúria e crueldade.


Mal saiu dos cueiros, fedendo ao relento,

E logo aspirou ares de eternidade.


Mas como desgraça pouca é bobagem,

O poema, com olímpico desprezo,


Olhou para o mundo à volta, a paisagem,

E sorriu de soslaio, sem jeito e vezo.


Travou uma discussão, saiu em disparada,

Dormiu o sono dos justos e das pedras.


Depois meteu-se numa enrascada,

E sonhou com outros homens e eras.


O poema acordou, eivado de erros,

Com seu largo espectro de esperanças.


Lembrou de vãos exílios e desterros,

E o prato frio de todas as vinganças.


Com mão de ferro e sob fogo cerrado,

Compus um poema de sangue e desdouro.


E mesmo hermeticamente fechado,

O poema termina com chave de ouro.







O LINCHAMENTO



Do mais fundo silêncio arranquei as palavras.

Elas vieram manchadas de sangue e tinta, 

Restos de sílabas puídas e podres, vãos poderes

Onde cultivo símbolos de espúria tradução.

As palavras espalharam-se sobre o papel virgem

Com a fúria de uma turba violenta e bárbara,

E trucidaram, sem piedade, o rosto do poema,

E arrancaram suas vestes, e o despiram de tudo,

E mutilaram a sua face com estigmas profundos, 

E o apedrejaram com gritos de ódio e ira,

Até que só restou um naco moído de sentido

Que fez dispersar todos os versos perversos.

Um dia depois, fez-se um silêncio de luto.

A poesia do mundo tinha um sinal de menos.







EXISTÊNCIA



Antes que eu me preocupasse com emprego,

As faturas e fraturas, a tez, a tese, o doutorado,

A bolsa e o bolso, a dissertação, o mestrado,

Antes que eu me preocupasse com os títulos,

Eu me ocupei com as notas, tarefas e tarifas,

Com as lições nunca aprendidas, a matemática,

Os boletins, notas promissórias da existência.

E antes que eu me preocupasse com a escola,

Eu me ocupei em entender o cosmos todo,

Em compreender as mãos, os dedos, os braços,

Os barcos e os parcos, porcos e parcas baças.

E antes que eu me preocupasse com a vida,

Ocupei-me em não ocupar-me, algures e alhures,

Em não ter tantas ocupações, angústias e culpas.

E antes que eu me preocupasse com tudo isso,

Antes que eu me ocupasse com óbices e hábitos,

Eu me ocupei em não ter tantos fardos e fardas.

Agora que tenho todos, já não me preocupo.

Estou pronto enfim para o tédio, o ócio, o nada.







COCAÍNA



O que é do pó

Torna ao pó.


Deixamos a existência

Como que nascidos.


E, insepultos,

No ventre da terra,

Soma de brotos

E fundas raízes,


Anunciamos à morte:

Germinaremos.







CORNUCÓPIA



As peras, maduras,

Estão postas no prato,

Gomos da ausência,

Traídas pelo silêncio.


A matéria, a polpa,

Da carne compacta,

Não cabe na boca

De toda a galáxia.


As estrelas futuras

No orbe do universo

Contemplam o ínfimo

Casulo do corpo.


Não mordo as peras,

Cujo cheiro invade

O torpor das narinas

No meio da tarde.


Atrás dos crepúsculos

Contemplo os sóis

Que abrem o prepúcio

De um deus efêmero.


As peras, portanto,

Náufragas dos dentes,

Ofertadas ao espanto,

São maçãs doentes.







CONVERSAS



a Sandro Fortes



As palavras acendem as lâmpadas

No eterno silêncio da madrugada,

Quando juntamos as vozes sonâmbulas

E, súbito, não ouvimos mais nada.


E no astrolábio das horas em flâmulas

As lâmpadas acendem as palavras,

Que colhemos por entre as campânulas

Quando antes fechávamos as pálpebras.


Agora que o poema tornou-se um mito,

Ouço a nossa voz ecoar no infinito

Quando compomos versos ao bruto homem.


Não sei se estamos onde nunca estamos,

Ou se é mesmo um sonho que sonhamos

Quando em nossos lábios palavras somem.







O MONSTRENGO



a Sandro Fortes



Construo um monstro

No escuro do mundo.


Mas nunca demonstro

Que estou lá no fundo.


De barro e palavra,

Sem sombra e mistério,


É a cara escarrada

Que escavo e minero.


É um monstro alado

De lírio e delírio,


Que está ao meu lado

Desde o princípio.


É um animal real,

Um grifo sem rosto,


Que habita, abissal,

O meu próprio corpo.


A pá e picareta,

No espectro do sonho,


Teclado a caneta,

É meu anjo e demônio.


À noite, em silêncio,

Perscruto o seu sono.


E quase o atormento

Detrás de meu ombro.


Nos surdos fonemas

Que ouço com desdouro,


O monstro é o dilema

Que há em meu socorro.


Se nada o condena

Eu sei que não morro.







CÍRCULO DANTESCO



A alma é um distrito

Por dentro da pele.

Um subúrbio aflito

Coberto de neve.


No fim deste sítio

Oculta-se um verme,

Um sonho, um delírio

De angústia e peste.


Por detrás do mito

Há somente a plebe

Que ao fim do infinito

Ainda geme e deve.


Sem qualquer prestígio

Ou um corpo que vele,

Contemplo o abismo

Do sexo que fede.


A alma em que habito

De um modo pedestre

É um crime proscrito

Que nunca prescreve.


Nunca está comigo

Quando passeio alegre

Nas ruas do domingo

Onde o nada cresce.


O grito que emito

Quase como um blefe

Tem o gesto ilícito

Da alma que diverge.


A alma é um labirinto

De um reino em greve.

Um nome de absinto

Que nunca se escreve.


Nalgum país extinto

A alma me persegue,

Por sob o nu explícito

De algo que se veste.


São tantos castigos

Para pouca prece.

O tédio é um cachimbo

À alma que se despe.







SONETOS A NAURO



I



Aqui venho, meu pai, trazer-te flores,

Os mais belos sexos da terra arrancados,

Que exalam os mais pútridos odores

Do mundo que nos viu antes perfumados

Com os corpos mortais, sob os calores

Da ilha que é Ítaca e Troia aos bastardos,

Cheia de burocratas e de doutores

Que proclamam seus títulos aos brados, 

Aonde quer que tu vás e que tu fores,

Quando andávamos quase extenuados,

Em ritmo de procissão e de andores,

Ouvindo o ventre da terra e os sobrados,

Ao som das trombetas e dos tambores,

Ressoar teu nome aos lázaros e prados.




II



Aqui venho, meu pai, como outro Machado,

Sem o lenho e o Diniz, cruz ou nogueira, 

Curvado sobre o teu leito de quartzo,

Trazer-te esta amizade verdadeira

Que em outros tempos, talvez mais fartos,

Julgava eu para uma existência inteira,

No mundo em que alcanço o nada a nado

Em um rio que é Bacanga ou Madeira,

Quando olhávamos o horizonte magro

De uma ilha que trago aqui na algibeira

Da pessoa que sou sem o Pessoa ao lado,

Como em tantas tardes, sob as mangueiras,

Ríamos do mundo que críamos ser largo,

Mas que cabia debaixo da lua cheia.




III



Aqui sempre virei, pai, em versos fracos,

Oferecer-te a poesia de tua aldeia,

Que aos poucos escrevo, escravo ignaro,

A esse mundo que às vezes nos odeia,

E às vezes cospe em sangue o próprio prato

Onde sempre encontrávamos uma ceia

À fartura de tantos corpos magros,

Que mal cabiam no fundo da plateia.

Aqui venho e virei, pai, mesmo aos cacos

Trazer-te os frutos fartos e as mãos cheias

Do afeto que abrigo nos dedos parcos,

Das palavras que o poema não nomeia,

Dos objetos que elaboro à noite, em claro,

Das lembranças que o eterno nunca ceifa.







A ROSA DE RILKE



Ó rosa arrancada

Por mãos de colossos,

Agora ofertada

À carne dos ossos.


Ó rosa adorada

No gozo dos rostos,

Estás nas arcadas

Do riso dos mortos.


Percebo-te agora

Na flora que goza,

Ó rosa na aurora!


Da poesia à prosa,

O teu nome aflora:

És rosa, és rosa!







O ÚLTIMO TESTAMENTO



O último gesto

Do corpo infecto.


O último hálito

Do desejo ávido.


O último suspiro

De todo delírio.


O último gozo

Do sexo exposto.


O último pedido

Do último amigo.


O último escarro

De todo escárnio.


O último verso

De todo o verbo.


A última palavra

Da boca amarga.







O JARDIM DAS DELÍCIAS



A sibila das sílabas

Queixou-se às palavras

Do silêncio das pálpebras.


O deserto das ilhas

Ferveu o leito das águas,

Calou os lábios das cátedras.


A sibila das sílabas

Olhou ao longe as estrelas

Nos jardins da poesia.


Cantou um sutra às cítaras,

Compôs um verso às letras,

E morreu, ao fim do dia.







GRAFITOS



Passeio pelas ruas sujas da cidade 

E, súbito, explodem vozes anônimas

Nos muros: "Ame! Reaja! Proteste!"

"Nem tudo o que vejo, acredito!"

"Nem tudo o que acredito, vejo!"

São protestos silenciosos e mudos

Contra todo o quadro de absurdo?

Gritos de angústia, brados de revolta?

Clamores estourando pela aorta?


"A poesia está nos muros da cidade!"

Diz-me outro anônimo, cujo grifo

Vem de outras eras, rebelde e proscrito.

Que faço eu entre prédios e casas?

Caminho e erro os paralelepípedos,

Onde tropeço os passos e pássaros.

Estou calado, indago e observo.


"Respeita as mina! Proibido safado!"

"Largue a frescura e assuma postura!"

Sábios conselhos tão imperativos

Que já não sei se sou um inimigo.

Decerto não o primeiro do público,

Que vê no caos mais absoluto

A poesia que não cabe no muro.


"Se traficarmos o amor?" Boa ideia.

Indeciso entre o panfleto e o partido

Ainda penso nos malditos políticos.

O que direi a todos os proletários?

Maiakovski e Brecht são grafiteiros?

Ou escreverei versos o ano inteiro?

Outra voz já me responde: "Grafito

Na parede dos outros é afresco!"

O poema jamais fora tão bonito.



julho, 2020



Ricardo Leão é o nome literário de Ricardo André Ferreira Martins. Nasceu em São Luís do Maranhão, aos 2 de março de 1971. Poeta, ficcionista, ensaísta, professor universitário. É autor dos seguintes livros: Simetria do parto (2000, poesia, Editorial Cone Sul, Prêmio Xerox de Poesia), Tradição e ruptura: a lírica moderna de Nauro Machado (2002, ensaio, SECMA), Primeira lição de física (2009, poesia, SECMA, Prêmio Gonçalves Dias de Poesia), Os dentes alvos de Radamés (2009, 1ª. edição, SECMA, Prêmio Gonçalves Dias de Ficção; 2016, 2ª. edição, Benfazeja), No meio da tarde lenta (2012, poesia, Paco Editorial) e Os atenienses e a invenção do cânone nacional (2011, ensaio, 1ª. edição, Ética, Prêmio de Ensaio da Academia Brasileira de Letras de 2012; 2013, 2ª. edição, Instituto Geia), A plumagem do silêncio (2015, poesia, Nobres Letras), Minimália ou O Jardim das Delícias (2017, poesia, Penalux), A episteme do efêmero (2020, Patuá).


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