Por que, com todos os ótimos poetas novos, os eventos de literatura permanecem fazendo escolhas tão conservadoras para compor suas mesas de leitura e debate? Eu juro que entenderia uma mescla, até para a coisa funcionar como debate, mas só as figuras batidas e malhadas de sempre?
Daí que a literatura brasileira, para a mídia, seja esse entediante espetáculo repetitivo, superficialmente cultural, que poderia vir sob a rubrica daquela linha do Eclesiastes: "nada de novo sob o sol". A infinita preguiça mental que caracteriza a burocracia da notícia, a burocracia universitária, a eterna paralisia de tudo que pretende um ar institucional.
Mon Dieu.
A Festa da Democracia
Finalmente, as eleições no Brasil voltaram a ser aquele circo profundamente irresponsável e folclórico.
Falo no Jardim
E enfim saiu a Priapéia, traduzida do grego por João Ângelo Oliva Neto. Pela Ateliê, e ao preço obsceno (talvez adequado, então) de lascados R$ 90,00. É por isso que vocês estão lendo umas quatro linhas de texto duvidosamente publicitário e não uma resenha completa, que é o que o trabalho impressionante merecia.
Notícias?
Quantos jornais você lê
para saber? Quantos livros?
O futuro se descortina diante
da multidão inconsciente, inescrupulosa,
e alguém se preocupa com o que vem
na próxima página.
novembro/dezembro, 2006