©martin diebel

 

 

Por que, com todos os ótimos poetas novos, os eventos de literatura permanecem fazendo escolhas tão conservadoras para compor suas mesas de leitura e debate? Eu juro que entenderia uma mescla, até para a coisa funcionar como debate, mas só as figuras batidas e malhadas de sempre?

 

Daí que a literatura brasileira, para a mídia, seja esse entediante espetáculo repetitivo, superficialmente cultural, que poderia vir sob a rubrica daquela linha do Eclesiastes: "nada de novo sob o sol". A infinita preguiça mental que caracteriza a burocracia da notícia, a burocracia universitária, a eterna paralisia de tudo que pretende um ar institucional.

 

Mon Dieu.

 

 

A Festa da Democracia

 

Finalmente, as eleições no Brasil voltaram a ser aquele circo profundamente irresponsável e folclórico.

 

 

Falo no Jardim

 

E enfim saiu a Priapéia, traduzida do grego por João Ângelo Oliva Neto. Pela Ateliê, e ao preço obsceno (talvez adequado, então) de lascados R$ 90,00. É por isso que vocês estão lendo umas quatro linhas de texto duvidosamente publicitário e não uma resenha completa, que é o que o trabalho impressionante merecia.

 

 

Notícias?

 

Quantos jornais você lê

para saber? Quantos livros?

 

O futuro se descortina diante

da multidão inconsciente, inescrupulosa,

e  alguém se preocupa com o que vem

na próxima página.

 

 

 

 

 

novembro/dezembro, 2006