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¹“Com a doçura do tempo novo/ os bosques enfolham, e os pássaros/ cantam, cada um em seu latim,/ segundo o verso do novo canto.” in: Los Trovadores - Historia Literaria y Textos (Tomo I), Martín de Riquer. Editoral Ariel, Barcelona, 1992. p.118.

²Lirica Italiana - dal Cantico delle Creature al Canto Notturno, (a cura di) Massimo Bontempelli. Bompiani, Milano, 1943. pp.64-65.

³“e não tem mudos o bico ou a garganta/ pássaro algum, antes grita e canta/ cada qual da sua maneira”. (Riquer. Op. cit. Tomo II, p. 621). Lembrando, necessariamente, que temos a sorte de contar com a grande tradução que Augusto de Campos fez da obra completa de Arnaut (isto é, as dezoito canções que nos chegaram do século XII). Pode ser encontrada na nova edição da Arx (Invenção, de Arnaut a Raimbaut e de Dante a Cavalcanti, Arx, São Paulo, 2003), que conta com, justamente, os acréscimos de Dante Alighieri e Guido Cavalcanti.

4“Com o novo e alegre tempo dos campos/ que faz verdes as folhas e virem as flores,/quando os pássaros fazem versos de amor” (Bontempelli. Op.cit. p.65).

5Mas o Orlando Furioso vem sendo traduzido em versos, recentemente, pelo professor Pedro Garcez Ghirardi, que publicou os oito primeiros cantos do poema e uma seleção de episódios: o livro é da Ateliê Editorial, São Paulo, 2002.

6i.e., “Musas”.

7Digo trágica obedecendo à idéia creio que aristotélica de que a tragédia causa horror inicialmente, e compaixão ou piedade enfim.

8Tesoro de los romanceros y cancioneros españoles, históricos, caballerescos, moriscos y otros, recogidos y ordenados por Don Eugenio de Ochoa. Librería Europea Baudry [sem data, século XIX], Paris. pp. 12-21.

9“y trújole su locura a la memoria aquel de Valdovinos y del marqués de Mantua, quando Carloto le dejó herido en la montiña, historia sabida de los niños, no ignorada de los mozos, celebrada y aun creída de los viejos; y, con todo esto, no más verdadera que los milagros de Mahoma”, de que se conclui a popularidade presumível do texto à época (Saavedra, Miguel de Cervantes. Obras Completas (edición de Florencio Sevilla Arroyo), Editorial Castalia, Madrid, 1999, p. 161). Conhecer o romance, assim como um ou outro dos textos referidos por Cervantes — por exemplo, os expurgados pelo cura no capítulo seguinte — começa a introduzir a dimensão do engenho do autor e dá ao texto uma graça mais particularizada, distante da afirmação vaga de que Cervantes satiriza o cavaleiro andante. Um desses textos foi recentemente traduzido do catalão por Cláudio Giordano, a notável edição brasileira do Tirant lo Blanc, de Joanot Martorell (da Giordano, e creio que há uma reimpressão do ano passado, São Paulo, 2003).

Notas