Wilmar Silva - Que Brasil contém o poeta Menezes y Morais de origem no Piauí?

 

Menezes y Morais - O Brasil que se moderniza, mas ainda convive com bolsões de miséria, em todos os sentidos. O Brasil que caminha sereno para ocupar o lugar de destaque no mundo globalizado: miscigenado, multirracial, multicultural, livre das injustiças. Enfim: o Brasil poético e musical pós-1917, pós-1922, pós-1964 e pós-1989. Eu gosto da idéia de ter nascido na metade do século XX e estar aqui, no século XXI, falando de Poesia com Wilmar Silva. Este é o Brasil que "me contém".

 

 

WS - Como foi a infância sem pai, com mãe, no interior piauiense, no município de Altos?

 

MM - Tudo o que eu sou, devo à minha mãe e à minha infância: infância sem cercas, muros, livre. Pé no chão, cabeça no céu. Um menino correndo livre atrás do dia...

 

 

WS - E a passagem por Teresina, onde iniciou a vida de um poeta de ascendências políticas?

 

MM - Minha família mudou-se de Altos para Teresina, para que eu pudesse continuar estudando. Fui alfabetizado em casa, por minha mãe, com uma tabuada, uma cartilha do alfabeto e uma palmatória. Em Altos, no meu tempo, existia apenas o terceiro ano primário. Minha professora reuniu-se com a minha mãe e aconselhou que ela se mudasse para a capital, para que eu pudesse continuar estudando, pois eu cursei os três anos em apenas um. Teresina foi uma revelação: cidade grande, aos olhos de uma criança vinda do interior, entre dois rios, verdadeiros oceanos, para um menino que conhecia, até então, apenas o Riacho Angelim. A Poesia me fisgou ainda cedo, que eu lembre, meu primeiro poema nasceu mais ou menos quando eu tinha oito anos de idade. Teresina trouxe a novidade de outra dimensão do real: do menino correndo atrás do tempo em Altos, ao contato com uma realidade social mais acirrada, nasceu um Poeta mais pé-no-chão. Quando eu comecei a trabalhar como jornalista — não tinha feito vestibular ainda — com mais ou menos 18 anos, a minha Poesia ganhou a dimensão do real.

 

 

WS - Viver acima dos trópicos é pensar um Brasil de caatingas?

 

MM - É pensar os verdadeiros Brasis que nos afligem, com seus encontros e desencontros, suas contradições e esperanças. O Brasil está sendo desmatado, judiado pela ganância do capital. Pensar o Brasil é sempre bom, na caatinga — Altos, onde eu nasci — ou fora dela.

 

 

WS - A descida ao Rio de Janeiro, onde trabalhou na Imprensa, e depois abandonou rumo a Brasília: como foi esse caminho de trevos?

 

MM - Saí de Teresina com o objetivo de estudar Jornalismo no Rio de Janeiro. Foi outra odisséia: a cidade dita maravilhosa ajudou-me a abrir mais ainda os horizontes. Em plena ditadura, eu só conhecia uma oposição em Teresina, e, no Rio, passei a conviver com oposições. Vivi, inclusive, o drama: compro um violão ou caio na clandestinidade? Comprei um violão, mas nunca aprendi a tocar. Nem mudei de ideal político. Acredito no Socialismo que tenha a Democracia não como estratégia, mas como um valor em si mesmo. Sou contra qualquer ditadura. Durante o regime militar, criei algumas máximas, como "Sou radicalmente a favor de tudo o que é contra", e "Só existe o que não foi criado".

 

 

WS - Ser candango é o mesmo que ter saudades da origem para renascer?

 

MM - Aqui em Brasília se chama "candango" aqueles brasileiros que atenderam aos apelos do presidente Juscelino e vieram construir a cidade. Eu sou neocandango. A saudade do Piauí, porém, continua. Lá eu tenho meu pai, dois filhos, irmãs e demais parentes. Lá eu tenho o meu cordão umbilical enterrado debaixo de um pé de bananeira...

 

 

WS - Sendo de natureza política, como foi trabalhar de jornal em jornal, para atender mais aos interesses planos-pilotos do que ao interesse satélite-de-todos?

 

MM - Eu tenho duas carteiras profissionais. Uma inteiramente cheia de contratos assinados. Tem empresa que eu fiquei apenas um mês, por não suportar as pressões. Sou daqueles que acreditam que o Jornalista não deve se filiar a partido político e que o partido político do jornalista é o(a) Leitor(a) e a busca da verdade. Doa a quem doer.

 

 

WS - Escrever é praticar esgrimas com o pensamento ou escrever é apenas reproduzir as palavras sobre as folhas?

 

MM - Eu fico com a primeira opção. Escrever é transformar. Nem que seja a transformação do branco do papel ou da brancura da tela do computador. Não quero dizer com isso que escrever é panfletar, veicular ideologia, etc. Escrever é um ato de amor de mão-dupla: o cuidado com a escrita em si e o seu conteúdo humano. Escrever é uma extensão das humanidades. Escrever é dialogar com o desconhecido.

 

 

WS - Apesar de ter escrito e publicado muitos livros de poemas, o poeta Menezes y Morais, também vive a experiência do jornalismo, a exemplo de Walt Whitman. A língua que pensa, fala e escreve é a mesma língua que pensa, fala e escreve o jornalista e o poeta?

 

MM - Não, suas coisas distintas. O Jornalismo alimenta a minha sobrevivência. A Poesia, a existência. O Jornalismo é previsível, requer disciplina, regras, normas, tem hora pra tudo, etc. A Poesia, não: nunca sei quando vou escrever um Poema. Na Poesia, posso inclusive inventar novas palavras. Eu procuro o Jornalismo. A Poesia, desculpe a imodéstia, é quem me procura. E eu gosto muito quando ela está por perto...

 

 

WS - Realmente existem diferenças entre poesia e literatura?

 

MM - Lembrei daquele poeta, o Ezra Pound, que dizia: Poesia não é Literatura.  Pound é um grande poeta. Foi um cidadão politicamente equivocado, deixou-se seduzir pelo discurso fascista de Benito Mussolini, tanto é assim que o cita, várias vezes, nos Cantos. Mas eu aprendi, com Machado de Assis, a não misturar o criador com a criatura: Pound foi conservador politicamente, mas libertário poeticamente. A Poesia não tem nada a ver com a Literatura, porque prescinde de acentos, regras gramaticais, etc. Mas se ela não for Literatura, seria o quê? De Poesia, me alimento um pouco, todos os dias. E o poema em decomposição fede a vida. E é a vida que me faz cicatriz da sua ferida. E a vida por um fio, fio a vida.

 

 

WS - A exemplo da foz no papel e da voz na babel, como surgiu o projeto de leitura de poesia em público "Coletivo de Poetas"?

 

MM - Em 1990 eu criei o Coletivo de Poetas. À época, era presidente do Sindicato dos Escritores no DF. Somos pioneiros na realização de saraus no Distrito Federal. O Coletivo de Poetas tem uma filosofia simples: levar a Poesia para todos; homenagear poetas que a mídia e os estudiosos esquecerem, mesmo que momentaneamente; e incentivar os poetas a recitarem suas poesias. Lembro de um depoimento do Pablo Neruda, no livro Confesso que Vivi: na sua primeira visita ao Brasil, nos anos de 1950, Neruda recitou no estádio do Pacaembu, em São Paulo, para mais de 50 mil operários. A partir daquela experiência, diz Neruda em Confesso..., a poesia dele "nunca mais foi a mesma". Pois é: a palavra escrita é diferente da palavra cantada, que é diferente da

palavra falada, que é diferente da palavra grafitada...

 

 

WS - E apesar de ser uma passarada que assenta vôos em todas as asas de Braxília (Nicolas Behr), como é resistir sem verbas para sustentar o projeto que floresce desde 1990?

 

MM - Pois é, a gente sabe que a Poesia é a prima paupérrima da indústria cultural; a gente sabe que os poetas e os artistas em geral são discriminados etc., mas a gente resiste. Faz-se uma opção franciscana de vida, mas a gente resiste. "O difícil é não sair por aí recitando versinhos sorridentes..." (Torquato Neto), numa "Vida toda linguagem" (Mário Faustino). No nosso país, fazer cultura não é difícil. O difícil é divulgar essa cultura, mesmo com as facilidades que a internet nos proporciona. Essa entrevista mesmo, aonde será que ela vai?

 

 

WS - Ao participar da edição de fevereiro de 2007 do "Coletivo de Poetas", entendi que você, Menezes y Morais, é um ativista radicalmente a favor das liberdades. Afinal, existe democracia aos poetas no Brasil ou essa liberdade é um rame-rame para deixar os poetas ao abandono?

 

MM - "Liberdade se conquista," como se diz. Os poetas sempre incomodaram os poderosos. Tem sido assim desde o início. Com sua liberdade sem limites, os poetas incomodaram Platão, por exemplo, que dizia que os poetas são "subversivos". Não existia o termo "subversão" á época, mas Platão não perdoou poetas como Homero e Hesíodo, porque eles "misturaram deuses com seres humanos". Durante a ditadura de Stálin, os poetas russos também incomodaram. E o século XX está cheio de exemplos de poetas que fizeram a revolução: Mão Tse-Tung,  na China; Ho Chi-Mim, no Vietnã; Agostinho Neto, em Angola... A liberdade é inerente ao ser humano. A Liberdade é o pão da Vida. Poetas que fizeram a revolução e impuseram a ditadura, estimularam outros poetas a lutar pela liberdade. É o eterno retorno da Vida e a sua luta diuturna contra a morte.

 

 

WS - Que poetas traduzem as poéticas de invenção que produzem no Distrito Federal? Ou os poetas do Distrito Federal são apenas os poetas de Brasília?

 

MM - Quem trabalha com emoção, quem trabalha com a linguagem, quem trabalha com o barro humano, não fica ilhado numa fronteira. O humano não tem limites geográficos. A linguagem também não. Temos poetas que trabalham exclusivamente com a questão da forma, outros, do conteúdo, e outros, unindo as duas dimensões estéticas. Se um Poeta de Brasília ou de Belo Horizonte trabalha com essas categorias estéticas, esse Poeta não se confina à sua microrregião. Ele é do Mundo.

 

 

WS - Escrever é perder as palavras ou encontrar um paraíso verde para reinventar a língua?

 

MM - Escrever é construir um paraíso sustentável com a palavra e o resgate da dignidade e da esperança, em nome da Vida, respeitando a biodiversidade do planeta.

 

 

WS - Que poetas realmente provocam Menezes y Morais o suficiente para mais de uma leitura?

 

MM - Toda boa Poesia. Grandes poetas também têm seus momentos de fraqueza, de poesia ruim, prosaica. Eu os leio mais de uma vez, mas salto sempre os poemas que considero chatos, prosaicos.

 

 

WS - Todo poema que se lê em silêncio tem corpo para uma língua em voz alta?

 

MM - Há poemas que são escritos para serem lidos em silêncio. Outros, para serem gritados aos quatro ventos. E outros para serem lidos apenas uma vez e por quem os compuseram.

 

 

WS - Existe algum poema que gostaria de não ter escrito?

 

MM - Vários. Minha mãe Isabel e a minha filha Julianna, que estão no céu, me inspiraram poemas que eu nunca gostaria de ter escrito, porque eu gostaria que elas ainda estivessem aqui. Mas digo isso porque somos egoístas: gostaríamos de nunca "perder" as pessoas que amamos.

 

 

WS - Se os poetas foram expulsos da sociedade, em que mundo é possível a vida aos poetas?

 

MM - Certa vez um repórter comentou com o poeta Mario Quintana — quando este teve que sair de casa, que o governo do Rio do Grande do Sul ia transformar em Fundação —, que ele não tinha onde morar. Quintana respondeu: "Não tem problema, eu moro em mim". Não quero dizer com isso que os poetas são auto-suficientes. "Ninguém é uma ilha", dizia John Donne. Pelo contrário. Mas uma sociedade que expulsa os seus poetas — lembrei de novo de A República, do Platão, onde não existe Poeta — não merece ser chamada de sociedade.

 

 

WS - Se poesia não vende e talvez não sirva para nada, por que e para quem Menezes y Morais escreve?

 

MM - Não sei para quem escrevo, às vezes, lembrando de Cristo, penso: "Meu reino não é deste mundo". Outras vezes, quando me pedem — recita aquele poema — ou quando me dizem — li teu livro, gostei — eu me convenço de que o meu mundo é aqui mesmo. Mas eu quero dizer o seguinte: a minha poesia atende, primeiro, às minhas necessidades interiores. Escrevo para satisfazer uma necessidade interior que não sei explicar direito. Se me agrada, publico. Se não gosto, rasgo. Escrever Poesia me faz bem e isto me basta. Se o maior crítico do mundo disser que não gostou da minha poesia — e eu gostei — então, não tem jeito. Defendo a minha poesia. E quem disse que a Poesia não serve pra nada, não sabe para que serve a Humanidade.

 

 

WS - Como a poesia acontece na vida de Menezes y Morais, além das práticas de escrita de poemas, lembrando aquele poema de um nome ao duplo "cotidiário"?

 

MM - A Poesia acontece na minha vida de forma inexplicável. Certa noite, por exemplo, rolava na cama sem saber o que eu queria fazer naquele momento. Minha companheira dormia, tínhamos feito um sexo gostoso, eu estava relaxado, bem, mas algo me incomodava. Levantei da cama, fui à cozinha — meu escritório naquele apartamento, onde a biblioteca era toda a sala — abri a janela e fiquei olhando aquela vastidão azulada, cheia de estrelas, quando, do nada, tive a sensação de que as palavras caíam do céu, eram versos, eu só tive o trabalho de recitá-los. Nasceu o poema Revolução. Voltei pra cama e fui dormir tranqüilo. Noutras vezes, durmo e sonho com os poemas e acordo para anotá-los, senão os esqueço. São os "pequenos poemas que foram perdidos momentos depois" dos quais nos fala Paulinho da Viola.

 

 

WS - Escrever é puxar o umbigo Na Micropiscina da Lágrima Feliz, a exemplo do nome de seu livro publicado em 1999?

 

MM - Escrever é falar da e sobre a Humanidade. Questioná-la e enaltecê-la. E ainda bem que humanidade tem umbigo, não é? Quanto aos títulos, é outro mistério. Geralmente é última parte do trabalho, mas eu prefiro trabalhar um livro já com o seu nome definido. Tenho um romance inédito chamado A Íris do Olho da Noite, por exemplo, cujo título pintou quando eu e minha namorada olhávamos o eclipse da lua em 2004, eu acho, quando o romance estava na metade e que, quando apareceu, eu sabia que era o título que eu procurava.

 

 

WS - Fale, por favor, da experiência de escrita de O Rock da Massa Falida publicado em 1991. Que massa é essa?

 

MM - Quando estudante do curso ginasial, em Teresina, me apaixonei por uma professora de Biologia, Leopoldina, que havia se apaixonado pela minha Poesia, eu acho, e nos tornamos amantes. Por causa dela, passei a gostar de Biologia. E tinha um capítulo do livro que ela adotou na turma que me instigava: "Organização Geral dos Seres Vivos". O tempo voou, nos separamos — não se aonde ela anda hoje — e durante uns 15 anos, ou mais, alguns poemas que escrevi eu anotava ao pé da página — OGSV. Mas quando vi que já tinha poemas suficientes para o tal livro, em 1990, na hora de reunir o material, veio-me a idéia de O Rock da Massa Falida. Talvez a queda do Muro de Berlim, o fim do socialismo real no Leste Europeu, tudo tenha influenciado pela segunda opção do título. Além do mais, Organização Geral dos Seres Vivos não é um título meu. A Massa falida fica por conta da burocracia e da ditadura que os dirigentes, a nova classe, instalaram sobre o proletariado. Por isso deu no que deu... Toda bosta fede.

 

 

WS - O Livro das Canções de Amor & Outros Cantares de Igual Teor, publicado sem data, é um livro onde o amor é o teor de partida e de chegada. Ainda é possível humanizar o ser humano, a exemplo do poema "Estado Poético", de apenas dois versos: "Parágrafo único:/ é proibido morrer"?

 

MM - "Os brutos também amam", não é mesmo? Nem tudo está perdido. O amor move o coração de tudo.

 

 

WS - Sempre em viagem no Brasil, como foi a experiência nas terras de Rainer Maria Rilke?

 

MM - A estadia na Alemanha foi muito importante para mim. O contato com outras culturas, aliás, sempre nos abre a cabeça. Escrevi alguns poemas na terra de Goethe, mas foi como historiador que eu me senti mais sensibilizado. Pergunto-me até hoje: como foi possível um povo, como o povo alemão, se encantar com Adolfo Hitler, abandoná-lo na hora certa e construir uma das democracias mundiais mais sólidas?

 

 

WS - Com o hábito de fazer anotações sobre as linhas dos livros que lê, como foi ler Catatau, sendo você um leitor de Paulo Leminski?

 

MM - Fiz isso com James Joyce; Gramiro de Matos; os irmãos Campos; Chacal (Quamperius);  Wilmar Silva... Cada doido tem sua mania, diz o povo, em sua imensa sabedoria. Quanto ao Leminski, tornei-me seu amigo, graças ao meu amigo Ivan da Silva. Ivan tinha uma livraria que foi palco de história em Brasília, a Livraria Presença;  eu editava um boletim, com resenhas e notícias literárias, chamado Psiu. Pois bem: Ivan patrocinou três vindas de Leminski a Brasília e nessas vindas, viramos noites pelos bares da cidade. Eu gostava da poesia dele. Mas é aquela história: a gente gosta de certos escritores pela sua obra e quando os conhece pessoalmente, passa a gostar deles mais ainda. Ou a desgostá-los. Foi assim com o poeta Arnaldo Antunes, que eu conheci em Montes Claros: passei a gostar dele mais ainda depois que o conheci pessoalmente.

 

 

WS - Quando nasce um poeta para Menezes y Morais? Ou escrever poesia é segurar relâmpagos?

 

MM - Segurar relâmpagos é uma metáfora bonita, com todo o prazer estético e o risco de vida que isso implica. Só um poeta poderia usar tal imagem. Um Poeta nasce quando é procurado pela Poesia.

 

 

WS - A solidão é um pedaço de cerrado verde? A vida além de si é uma fantasia de criança?

 

MM - A solidão do escritor é solidária. E a Vida é uma fantasia que dispensa idades.

 

 

WS - Escrever é ser narciso ou escrever é se perder em busca do outro?

 

MM - É se perder e se encontrar em busca do outro. O outro é a humanidade.

 

 

WS - Que poesia Menezes y Morais ainda não escreveu e precisa urgente escrever?

 

MM - Não sei. Baudelaire dizia que quanto mais produzimos, mais nos tornamos fecundos. Quanto a mim, eu preciso viver, vivenciar a vida. Pra escrever Poesia eu preciso apenas de uma obrigação: respirar.

 

 

 

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Menezes y Morais é o pseudônimo de José Menezes de Morais, jornalista e professor. Nasceu e viveu a infância em Altos, Piauí. Vive em Brasília desde 1980. Sua estréia literária foi em 1975, com Laranja partida ao meio. Já publicou nove livros de poesia (até 2005), sendo o último, Na micropiscina da lágrima feliz (Brasília, 1999). Promotor cultural, lidera o Coletivo de Poetas, movimento criado em 1992, que leva amantes da poesia e da música para encontros em bares da cidade.