Jabá:
nome alegre que se dá à maneira eficaz de convencimento de rádios
e canais de TV encontrada pelas gravadoras para inculcar seus piores
produtos através da repetição.
Jade:
um desses minerais poéticos.
Janus:
deus romano bifronte, amigo dos tradutores e das pessoas sem caráter.
Jargão:
tipo de fala ou escrita codificada, como sói acontecer nas
teorias de arte; as baladas em jargão, de Villon, escritas
no código dos grandes malandros entre os quais ele circulava;
o economês e o teoriquês são dois ótimos
exemplos, mas fiquemos com o teoriquês artístico. Serve
para traçar uma linha entre os savants acadêmicos que
leram livros codificados nesse vocabulário infernal e inútil,
e a pobre estupidez daqueles que dependem disso para tentar entender
o que estão vendo, ouvindo, ou lendo; a "Muralha da China"
da arte; You shall not pass, como disse Gandalf ao Balrog.
Jaspe:
vide JADE.
Jeca:
há muitos tipos de jeca, que era inicialmente um personagem tolo mas
de bom coração, de Monteiro Lobato. Há o jeca artístico, por exemplo,
que cunhou o termo sutil e de certo apelo poético "torre de marfim",
que é uma das poucas maneiras conhecidas do simplório desdenhar
o complexo.
Jingle:
música estúpida e pegajosa dos intervalos comerciais. Afinal de contas,
o que não se torna subitamente estúpido e pegajoso quando serve ao
comércio?