II
Minha geração
partiu para a terra do Arco-Íris,
Minha geração
partiu para a terra do Arco-Íris
Numa bela
manhã, limpa e azul, resplandecente e luminosa, |
I
Eu vi os expoentes
de minha geração destruídos pela loucura...
E eu vi a minha geração esmagada pela
apatia,
Ó Deus, volte de onde se escondeu e se lembre
de nossos nomes,
Eu vi minha geração muito paciente, iludida,
enganada,
Ó mundo, nos diga, a vida de alegrias é vida de lágrimas para sempre?
Eu vi minha geração-gado, vagar no Mediterrâneo
azul e manso,
Ó Deus, da tua janela celeste, o que vê?
Eu vi minha geração desesperada, forçar
a porta do Paraíso das olivas,
Ó meu Rei David, será essa a nossa glória?
Eu vi minha geração-coragem empunhar granadas,
fuzis e pistolas,
Ó Deus, sua voz-trovão cada vez menos ouvida, seu silêncio é imenso. Eu
vi os expoentes da minha geração quase destruídos
pela loucura... |
Iosif
Landau, simplesmente José ou Landau — carruagem
nobre ou cidade na Alemanha — ou judeu nascido na Romênia,
em 1924, na primavera florida da Europa, filho de Agenor da Fenícia,
amado de Zeus disfarçado em touro branco, também sou touro
de todas as cores, também amei filhas de reis e deuses, como
a olímpica suprema deidade desapareci no oceano, apareci na praia
da Princesinha do Mar, me converti em ser humano, em Terra Brasilis
deixo quatro filhos, oito netos, muitas obras espalhadas da Amazônia
ao Pampas, modesto Vitrúvio Marco do século LVIII depois
de Moisés, veni, vidi, não vici, destino pilantra, na
penumbra da foice e caveira pari tumultuadas lembranças, poemas,
romances, nove livros desencantados, para ninguém se comover,
querendo brincar de esconde-esconde, com sorte me encontram no cemitério
dos elefantes. Mais aqui.
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