1 Em 1963, por ser contrário à política de Portugal em relação a Angola, foi demitido pelo governo salazarista do cargo de Leitor de Português na Universidade de Heidelberg. Mas a Universidade o contratou, apesar das pressões da ditadura portuguesa, e ele só retornou ao país natal em 1977. 2 Como escrevi em outra resenha sobre o livro (Contra o Império e os outros dispositivos sanitários: Alberto Pimenta e as políticas emancipatórias. K: Jornal de Crítica. São Paulo, n. 3, p. 3, agosto 2006). 3 "[...] une catastrophe sans modulation ni trêve, amoncelant les décombres et les projetant éternellement devant ses pieds." (BENJAMIN, Walter. Écrits Français. Paris: Gallimard, p. 438, 2003). 4 Que diz que os fados, que no passado lhe foram felizes, posteriormente o castigaram. Pimenta bem poderia ter escolhido, devido a sua posição marginal no sistema literário português — sua inexistência para a maioria da crítica e da academia —, outro trecho dessa obra: ingenio sic fuga parta meo, isto é, o talento foi a causa de seu exílio. 5 Virilio escreveu que essa estratégia estava presente na guerra de Kosovo na década de 1990 e previu que os EUA, no futuro, prescindiriam tanto da ONU quanto da OTAN para fazer guerras em lugares mais distantes e assegurar o seu domínio global (VIRILIO, Paul. Estratégia da decepção. Trad. L. Vieira Machado. São Paulo: Estação Liberdade, 2000). A invasão no Iraque confirmou a análise. 6 Esse autor (entre outros) defende a necessidade da concepção ocidental de direitos humanos ser enriquecida com a contribuição de outras culturas, para não se reduzir a um novo colonialismo (ROULAND, Norbert. Nos confins do Direito. Trad. M. E. de Almeida Prado Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 264-270). 7 Pimenta questiona principalmente a origem estatal dos direitos humanos (¿Quién otorga los Derechos del Hombre?, Barcelona: El Viejo Topo, n. 120, jul/a
|